Morreu, na manhã desta terça-feira (17), o jornalista e escritor Cícero Sandroni, membro da Academia Brasileira de Letras. Ele ocupava a cadeira de número 6 da Casa e tinha 90 anos. Segundo a ABL, Sandroni teve choque séptico causado por uma infecção urinária e morreu em casa, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio. O corpo do escritor será velado na ABL nesta quarta.
Nascido em São Paulo, em 26 de fevereiro de 1935, Sandroni começou a carreira em 1954, na "Tribuna da Imprensa", e depois foi para o ‘Correio da Manhã’. Também passou pelo ‘Jornal do Brasil’ e ‘ O Globo’, onde se destacou pela cobertura da área de política exterior.
Em abril de 1960, ele participou da cobertura da inauguração de Brasília e esteve à frente da Secretaria de Imprensa do Distrito Federal.
Em 1976, lançou a revista ‘Ficção’, com Fausto Cunha, Salim Miguel, Eglê Malheiros e Laura Sandroni. Na segunda fase, em 44 edições, a revista publicou mais de quinhentos autores brasileiros. Naquele mesmo ano coordenou, com escritores como Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles e Nélida Piñon um manifesto contra a censura aos livros, assinado por mais de mil intelectuais brasileiros, conhecido como o Manifesto dos Mil.
Cícero tomou posse como presidente da ABL em 13 de dezembro de 2007, eleito por unanimidade, e comandou a instituição entre 2008 e 2009.
O jornalista era casado com Laura Constância de Athayde Sandroni. Ele deixa cinco filhos e um neto.
Matéria na íntegra: https://cbn.globo.com/cultura/noticia/2025/06/17/morre-jornalista-e-escritor-cicero-sandroni-membro-da-academia-brasileira-de-letras.ghtml
18/06/2025
Imprimir