Hércules desincumbiu-se de 12 tarefas. Na presidência da ABL, Marcos Vilaça cumpriu, possivelmente, mais de 1200... Com o precioso auxílio dos outros membros da Diretoria, e o apoio dos demais acadêmicos, Vilaça foi o ,maestro que soube reger com perfeição tanto a música de câmara das sessões internas da Casa, às quintas, quanto os acordes sinfônicos e ininterruptos de eventos que atraíram milhares de pessoas à Academia, através de simpósios, seminários, ciclos de palestras, concertos, exposições, noites de autógrafos, saraus e montagens teatrais.
A Academia modernizou-se sem descaracterizar-se. Ampliou sua visibilidade conservando-se fiel aos compromissos de preservação e difusão do melhor de nossa cultura - o que, se inclui a vertente popular, descarta a meramente populista. Esse dificil equilíbrio entre a manutenção de um desempenho em alto nível na cena cultural do país e o desejo de ampliar de modo expressivo o contingente de pessoas beneficiadas pela programação acadêmica foi um dos maiores desafios vencidos por Vilaça. Nas páginas a seguir, o leitor encontrará o registro - ainda assim, não exaustivo - do muito que se fez no biênio 2006/2007. Com as marcas do plural inscritas no próprio nome - Marcos Vinicios - o Presidente poderia replicar ao famoso verso de Mário de Andrade ("Eu sou trezentos, sou trezentos e cinqüenta"): "Só isso, Mário?!".
Ao término de uma gestão de tantos projetos exemplarmente realizados, recordemo-nos da lição do velho Moraes Silva: em seu dicionário, ele nos ensina que "tarefa" "é a porção de cana que se mói num dia". Se o trabalho foi duro, foi doce o seu fruto.
Diário de Pernambuco (PE) 4/12/2007
Imprimir