O Estado deve fazer a sua parte nessa nova relação, reduzindo a burocracia em seus símbolos mais evidentes: os carimbos e os guichês.
O DC de ontem publicou a suma da nova relação entre governo e empreendedores. Essa relação é uma decisão do governador José Serra e do secretário de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. O Governo de São Paulo toma a decisão de ajudar a pequena e média empresa, embora não venham nominalmente mencionadas na documentação da grande decisão governamental. Sabemos, desde logo, que o governo porá fim à papelada, aos carimbos, aos guichês e aos reconhecimentos de firma; será, assim, um golpe tremendo no vírus da burocracia.
Está com a razão o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, quando diz que a iniciativa deverá despertar o potencial empreendedor de milhões de brasileiros.
Concordamos com o ilustre líder empresarial, atribuindo a decisões anteriores a esta que não foram respeitadas e não foram cumpridas, as medidas adotadas para acabar com a burocracia ou reduzi-la ao mínimo, a fim de facilitar o funcionamento da máquina econômica, que instalada em São Paulo é o grande potencial realizador do desenvolvimento brasileiro.
Lembro aqui que essa relação entre governo e empreendedores é idéia antiga debatida entre José Serra e Guilherme Afif Domingos, para quem o ponto certo do arranco do desenvolvimento situa-se na média e pequena empresa. Os micro e pequenos empresários são verdadeiros heróis contra o gigantismo de Estado e já estão se preparando para essa empreitada que o governo vai lhes oferecer, a fim de que crescerem com São Paulo e o Brasil na linha do desenvolvimento sustentado.
O Estado, como órgão neutro, deve fazer a sua parte nessa nova relação, reduzindo a burocracia nos seus símbolos mais evidentes, que são os carimbos e os guichês. O governo Serra demonstra ter adotado o espírito que sempre guiou as atividades empresariais do secretário de Empregos e Relações do Trabalho. Com a sua colaboração, o governador José Serra vai desbastar para o micro e pequeno empresário um horizonte escondido desta classe de empreendedores disposta a levantar o desenvolvimento do Brasil como uma bandeira, a ser carregada de geração a geração até que sejamos uma grande potência global.
Essa nova relação entre governos e empreendedores vem como uma lufada de ar fresco, numa atmosfera aquecida por longo culto à burocracia, que tanto atrasou o nosso ímpeto para as grandes realizações.
Diário do Comércio (SP) 9/10/2007
Imprimir