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A emissão de poluentes

 

Quem quiser percorrer o centro e os bairros de São Paulo vai encontrar nessa imensa megalópole, invariavelmente, dificuldades de trânsito, principalmente durante a semana, tal o número de veículos automotores que circulam pelas ruas, avenidas e praças.


De um lado, a apologia da riqueza paulista, o licenciamento de veículos aumentando diariamente; de outro, o número de poluentes crescendo sem parar, fato com o que não contava o governo paulista, nem mesmo os proprietários de veículos. Se formos buscar no exterior exemplo que nos ajudem a limitar o juízo sobre o excesso de veículos em circulação, topamos com Nova York, mas lá os transportes coletivos são muito bem organizados e numerosos, enquanto aqui são, agora, em grande quantidade. O metrô aumenta sua capacidade de transporte, mas é insuficiente para fazer frente a alta demanda dos cidadãos.


São problemas a ser resolvidos pela concessionária e pela prefeitura, embora um e outro não estejam suficientemente preparados para a avalanche de pedidos despejada sobre a mesa das autoridades superiores, incapazes de atender a todas as solicitações que lhes chegam, de todos os bairros da capital. Esse caso dos poluentes está se tornando um problema gravíssimo, pois está em causa a Saúde Pública, que não suporta mais ter de absorver os problemas causados pelo gás carbônico emitido pelos carros que circulam pelas ruas de São Paulo.


O problema dos poluentes vem de longe em nossa capital e já atingiu algumas cidades do interior, onde cresce o número de veículos. É impossível contar com a redução das vendas de veículos e é impossível limitar a sua circulação, como também é impossível limitar a sua fabricação, que é bastante florescente.


Como se vê, as autoridades governamentais não sabem a quem se dirigir para resolverem os problemas que têm que resolver (e vão resolver) sem antes eliminar os poluentes lançados na atmosfera pelos veículos vendidos cada ano aos felizes proprietários. Espero que essas considerações cheguem até as autoridades e que elas atenuem, até onde for possível, o lançamento de poluentes.


Diário de São Paulo (SP) 25/9/2007