O mar está invadindo calçadas e casas. Devemos tomar como advertência os fenômenos que ocorreram no Rio e em Santa Catarina.
Vem do Rio de Janeiro e de Santa Catarina uma notícia assustadora: o nível do mar se elevou nessas regiões, chegando ao nível da praia, o que anuncia outras elevações mais graves no litoral de São Paulo, Espírito Santo e da Bahia, ou mesmo em toda a fímbria verde do mar do Brasil, com grandes devastações na orla marítima. Os jornais do dia 27/06 são minuciosos ao transmitirem as informações do IBGE sobre o fenômeno e suas prováveis conseqüências, já amedrontadoras, sobretudo para quem vive perto das águas do Atlântico.
Temos na memória os acontecimentos do tsunami que devastou muitas cidades e que levou à morte milhares de pessoas, inutilizando muitas praias e regiões. Em nosso país não acontece o mesmo, mas devemos tomar como advertência os fenômenos que vêm ocorrendo no Rio e em Santa Catarina. Neste último, as águas do mar cobriram toda a frente de uma residência, impedindo os jogos de um avô com o seu neto.
Não sabem os técnicos do IBGE, a rigor, se houve elevação do nível do mar ou se a terra desceu, mas o que sabemos é que o mar está invadindo calçadas e casas, levando a muitas a total destruição. O Rio e Santa Catarina já têm em mãos mais esse problema, que é de suma gravidade.
Um dos fatores apontados pelo IBGE sobre a elevação do mar ou o rebaixamento da terra, foi o aquecimento global. O certo é que esses fenômenos escapam à capacidade do homem de controlá-los, como aconteceu, por exemplo, nos EUA, em Nova Orleans. Na realidade, estamos diante de uma ameaça universal, que pegará os países dos hemisférios norte e sul sem capacidade para defesa imediata.
As informações principais foram fornecidas pelo IBGE, que vem estudando o assunto há tempos.
Diário do Comércio (SP) 3/7/2007