Os expositores nacionais da Fenit estão lidando com a concorrência asiática. Não existe mais nação soberana na indústria têxtil.
Por mais que se mostrem calmos, os expositores nacionais da Fenit (Feira Internacional da Indústria Têxtil) estão lidando com a concorrência asiática nesta mostra nacional e internacional de tecidos, entre eles a China com ascendência considerável. Os brasileiros sabem lidar bem com expositores gigantes como a China e vão levar qualidade e desenho até o Império do Meio, mostrando então aos Filhos do Céu de que são capazes de reagir à ameaça de conquista de mercado na América Latina. A Fenit foi criada pelo gênio comercial de Caio de Alcântara Machado, com sangue de bandeirante nas veias, que formulou um enorme programa que em parte vem sendo cumprido ano após ano, alguns deles com grande sucesso, como o Salão do Automóvel e, como vemos, a Fenit.
Nossa feira é um gigante que inspirou e continua inspirando outras feiras do mundo, concorrendo, assim, para elevar a produção de 50 mil toneladas de fios e tecidos que vão abastecer as indústrias de centenas de países. Normalmente, uma consumidora de roupa importada - por exemplo, da Tailândia ou da China - não sabe o que está vestindo, mas tem confiança na qualidade e na resistência do tecido que está usando. Tudo obra das feiras internacionais espalhadas pelo mundo, que adotaram também o feirismo como forma de expor o mercado, ao alcance de qualquer interessado.
Não há hoje nenhuma nação soberana na indústria têxtil. Os EUA, com o seu poder industrial, a Alemanha, com sua potência criadora, a França, com seu espírito conquistador amparado por sua cultura inovadora, e outros países, vêm nessa corrida dando o sentido do que é o campo aberto à luta entre os produtores.
Enfim, a Fenit foi um grande descobrimento do setor têxtil, dando oportunidades para muitos.
Diário do Comércio (SP) 29/6/2007