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Oitavo podcast traz depoimento de Sergio Paulo Rouanet

 

O oitavo episódio do podcast “Conversas Imortais” traz o depoimento do Acadêmico Sergio Paulo Rouanet. Diplomata, professor e escritor, teve como foco de sua atuação a difusão cultural e a liberdade de expressão. Como secretário de Cultura do governo Color, em 1992, criou a lei de incentivo à cultura, a Lei Rouanet. Entrou para a ABL em 1992, ocupando a cadeira 13. 

Rouanet conta que foi influenciado pelo pai na literatura. O pai gostava de Eça de Queiroz, e ele de Machado de Assis. “Conversávamos na mesa de café, ele citava Eça, e eu, Machado”. Para ele, Eça era um autor superficial quando comparado a Machado.

Como diplomata, participou de uma missão brasileira na ONU, onde assistiu a uma sessão do Conselho de Segurança. “Foi uma grande descoberta o contato com a diplomacia multilateral e todos os problemas da política mundial. 

Sobre a ABL, ele fez uma analogia: aos 20 anos, as pessoas a odeiam, são incendiadoras da própria vida; aos 40, viram bombeiros e querem chegar nela. 

“Todo mundo aos 20 anos odeia a Academia e aos 40 anos se candidata a Academia. Talvez a geração de 22 seja mais modernista que acabaram entrando na Academia depois de terem falado da maneira mais impiedosa".

Ele ressalta que a ABL tem se transformando numa instituição respeitada:

“Hoje em dia ela está tomando tantas iniciativas, promovendo tantos ciclos e morando numa casa tão nova como esse anexo, que acho que pouco a pouco a Academia ta se transformando numa instituição respeitada da vida cultural brasileira principalmente no Rio de Janeiro.”

O episódio pode ser escutado na íntegra no canal do Youtube da ABL, pelo link: https://youtu.be/BeWtvyfOAtQ?si=8xof4BbtgGrM8hUH, e nos principais aplicativos de áudio, como Spotify, Amazon Music e Deezer, entre outros.

Sobre o podcast

“Conversas Imortais” compila, em cada episódio, trechos dos depoimentos de vida que os Acadêmicos gravam quando se elegem, que fazem parte do arquivo Múcio Leão. Alguns deles têm mais de quatro horas, que foram editados para 40, 50 minutos, onde se ouve o melhor de cada depoimento daqueles que marcaram a literatura e a cultura no Brasil e se conhece melhor suas influências, opiniões, gostos e até mesmo algumas excentricidades. E aí se entende por que a memória e o legado dessas pessoas continuam imortais.

No episódio anterior, João Ubaldo Ribeiro afirma que a Academia está se tornando cada vez mais um espaço cultural, mais conhecido, e que podia ser considerada “um clube".

 

06/12/2024