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ABL na mídia - Veja - ‘A branquitude se nega a reconhecer sua culpa no racismo’, afirma Lilia Schwarcz

 

O que despertou seu interesse nessa análise? 

Na minha vida acadêmica, aprendi a ver como documentos visuais não são neutros. Imagens não são só o reflexo de uma época, elas possuem carga política e, portanto, carga social.

Quais os desafios de assumir o lugar de fala de pessoa branca no estudo?

Não é um lugar de autoacusação, mas de reflexão. Enquanto a negritude é movimento de exaltação dos valores das populações negras, a branquitude é um conceito acanhado, que se nega a reconhecer sua culpa no racismo estrutural.

Como fazer isso sem cair na armadilha do white saviour, o branco que se coloca como salvador do negro?

Busco o letramento racial, não me excluo do cenário, mas me incluo como pessoa branca com privilégios e poderes para ampliar a discussão. Não basta ser antirracista, é preciso agir, sabendo que todos temos uma cor social.

Pode explicar melhor?

A branquitude criou padrões e colocou os negros no lugar de subordinado, de vítima. Isso está na arte, nas propagandas, nas novelas. Temos de ver de forma crítica essa cultura visual.

Matéria na íntegra: https://veja.abril.com.br/cultura/lilia-schwarcz-a-veja-a-branquitude-se-nega-a-reconhecer-sua-culpa-no-racismo/

 

20/08/2024