Rodrigo Otávio Filho (Rodrigo Otávio de Langgaard Meneses Filho) advogado, poeta, crítico literário, ensaísta e orador, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de dezembro de 1892, e faleceu na mesma cidade em 20 de abril de 1969. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1956 e 1957. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1955.
Era filho do Dr. Rodrigo Octavio de Laggaard Meneses, um dos fundadores da Academia, e de D. Maria Rita Pederneiras de Langgaard Meneses. Fez o curso secundário no Ginásio Nacional, hoje Colégio Pedro II, e no Colégio Alfredo Gomes, recebendo o grau de bacharel em Ciências e Letras em 1909. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1914, pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, e dedicou-se à advocacia.
Fundou, com seu pai, a Revista Jurídica, órgão que teve grande prestígio na vida jurídica do país e da qual foi redator-secretário. Participou ativamente da vida intelectual e literária do Rio de Janeiro, graças a uma inteligência privilegiada e sua irradiante personalidade humana. Integrou-se, no período inicial do século XX, na linha do Penumbrismo, herdeiro do Simbolismo, de que foi o cronista. Estreou na literatura em 1922, publicando o livro de poemas Alameda noturna. Assinava-se Otávio Filho. Amigo de Álvaro Moreira, fez parte do grupo de colaboradores da revista Fon-Fon. Colaborou em vários jornais, entre os quais o Correio da Manhã.
Foi membro da Comissão Legislativa do Governo Provisório. Fez parte do Conselho Superior do Instituto dos Advogados Brasileiros e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Foi um dos delegados brasileiros nos plenários do Conselho Interamericano das Câmaras de Comércio e Produção, realizados em Chicago (1948) e Santos (1950).
Foi orador oficial do Clube dos Advogados. Fundador e presidente da Sociedade Felipe d’Oliveira. Organizou e foi o secretário-geral do Congresso Brasileiro de Língua Vernácula, comemorativo do centenário de Rui Barbosa e promovido pela Academia Brasileira de Letras, em 1949. Foi um dos fundadores do PEN Clube do Brasil, do qual foi secretário-geral, vice-presidente e fez parte do seu Conselho da Presidência.
Na Academia Brasileira de Letras, foi segundo-secretário em 1945; primeiro-secretário em 1946 e 1950; secretário-geral em 1953 e 1954 e presidente em 1955.
Era membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros; da Sociedade Brasileira de Geografia; da Sociedade Brasileira de Direito Internacional; da Sociedade Capistrano de Abreu; sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Nacional de História da Argentina.
Segundo ocupante da cadeira 35, foi eleito em 10 de agosto de 1944, na sucessão de Rodrigo Otávio, seu pai, e recebido pelo acadêmico Pedro Calmon em 19 de junho de 1945. Recebeu os acadêmicos Ivan Lins e Aurélio Buarque de Holanda.