Mostram, os últimos dias, a continuação do "Fora Temer" em todo o país. E, ao contrário do esperado, mantém-se o protesto nas ruas, indo, inclusive, a aumentos em São Paulo, atenta à não violência e às marchas bem-comportadas.
A agudizarem-se as denúncias contra Lula, evidencia-se o contraponto entre o carisma do ex-presidente e a presença política do petis-1110 nas próximas eleições. Se há um quadro de vitimização do ex-presidente, busca-se, ao mesmo tempo, uma efetiva presença eleitoral, que não despinta, entretanto, nas presentes opções de voto.
Deparamos, ao mesmo tempo, uma falta de lideranças emergentes à míngua de uma efetiva renovação regional dos seus quadros. Mais ainda, os candidatos às vereanças revelam uma surpreendente dessolidarização simbólica, escondendo as estrelas nas suas faixas e camisas na mobilização de seu possível eleitorado. Não há que repetir o quanto, nessa vacância, as lideranças evangélicas vão à frente, como no caso exemplar do Rio de Janeiro, e desmancham-se as alianças possíveis, no configurar-se uma oposição ao atual regime.
O 'Tora Temer" é 0 indicador inarredável de uma ruptura, mas ao abandono,por inteiro, do desenho de urna alternativa para 0 que defrontamos. Da mesma forma, toda denúncia da corrupção alinha-se em cheio ix> Brasil das classes ricas c médias e resvala, embalde, sobre o Brasil acordado pelo chamado petista. Nem se manterão ilusões sobre qualquer ida a eleições para o Executivo, nessa sequencia
O "Fora Temer" continua paralelo e simétrico ao protesto por Dilma nas ruas. O país partido está aí, a desembocar na redução vigência do atual governo. O regime não conseguiu fugir do anticlímax, pior que o revanchismo, para o imediato futuro do país.