A Acadêmica Nélida Piñon, em reconhecimento a sua obra como escritora, tornou-se a primeira vencedora do prêmio “El Ojo Crítico Iberoamericano”, do programa informativo cultural da Rádio Nacional da Espanha, que lhe será entregue em cerimônia no Museo Reina Sofia, no dia 16 de fevereiro.
Nélida Piñon, cuja obra foi reconhecida pelos prêmios Juan Rulfo, em 1995, e Príncipe de Asturias das Letras, em 2005, foi a primeira mulher a presidir uma academia de letras em todo o mundo, a Academia Brasileira de Letras, em 1997. Desde setembro, a escritora é membro da Real Academia Galega. Descedente de emigrantes galegos, é reconhecida por muitos como “a voz espanhola na literatura brasileira”.
Carioca, quinta ocupante da Cadeira nº 30 da ABL, eleita em 27 de julho de 1989, Nélida Piñon estreou na literatura com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, em 1961. Ao longo de sua carreira, colaborou em publicações nacionais e estrangeiras, proferiu conferências em diversos países, onde foi igualmente traduzida. É catedrática da Universidade de Miami desde 1990, havendo sido escritor-visitante das universidades de Harvard, Columbia, Johns Hopkins e Georgetown.
A escritora recebeu os prêmios brasileiros Golfinho de Ouro, Mário de Andrade e Jabuti — este, de melhor romance e livro de ficção de 2005, por Vozes do deserto. Recebeu também os prêmios internacionais Juan Rulfo, do México, Jorge Isaacs, da Colômbia, Rosalia de Castro, da Espanha, Gabriela Mistral, do Chile, e Menéndez Pelayo, da Espanha. Em 2005, pelo conjunto de sua obra, recebeu o importante Príncipe de Astúrias. É doctor honoris causa das universidades Poitiers, Santiago de Compostela, Rutgers, Florida Atlantic, Quebec e UNAN.
15/12/2014
14/12/2014 - Atualizada em 14/12/2014