Os dois maiores escândalos de todos os tempos justificariam o mantra que Lula gostava de repetir: "Nunca antes na história deste país...". Em geral, ele procurava acentuar uma conquista do seu governo ou do seu partido. Evidente que, ao longo dos seus oito anos de governo, algumas das medidas tomadas por ele e pelo PT se tornaram surpreendentes.
Lembro que, nas primeiras tentativas de chegar ao poder, os adversários proclamavam que os empresários dariam o fora do país. As elites, em massa, buscariam outras terras e outras oportunidades iriam para as ilhas da Papua-Nova Guiné, convencidas que qualquer país do planeta Terra seria melhor do que o Brasil.
Acontece que os projetos de moralidade e desenvolvimento ou não foram realizados ou ficaram reduzidos ao mínimo, a ponto de inverter a questão. Não houve a debandada prevista. Pelo contrário, o Brasil tornou-se a terra da promissão para aventureiros nascidos e criados sob a proteção do Cruzeiro do Sul e as bênçãos do Cristo Redentor. A Canaã de onde correriam o leite da corrupção e o mel da impunidade.
Sinceramente, no estreito espaço de poucos meses, tivemos os escândalos do mensalão e da Petrobras. Em ambos, como protagonistas, alguns pesos pesados do PT que pretendem continuar se lambuzando no mel e no leite das vacas que nem sabem tossir.
A posse suspeita de um Fiat que custava pouco mais de R$ 20 mil e, às vezes, precisava de um empurrão para virar o motor, provocou uma perplexidade nacional que resultou no impedimento de um presidente da República. Com os dois escândalos quase simultâneos da era petista, quantas Mercedes poderiam ser compradas? Como nas pesquisas eleitorais (dois pontos para mais ou para menos), o PT, que criou tantas esperanças no brasileiro comum, pode dar a cada membro de sua decantada militância um Rolls Royce "phantom".