Democracia, o novo nome da paz
Mais que a surpresa do próprio contemplado, o que espanta é a reação pelo recebimento do Nobel da Paz por Obama. Ao lado do aplauso, amplia-se um equívoco, entre mesquinho e ingênuo, para não se falar no prematuro da outorga do prêmio pelo Presidente americano. A distinção não tem nada de nostálgica, nem de outorga de uma honraria a um militante egrégio da luta pela paz. Mesmo porque esta se altera fundamentalmente hoje por uma nova e radical visão do que seja, após as hegemonias duras, um tempo das diferenças e de sua coexistência, num horizonte democrático aberto.