Seja qual for o governo de nossa República Federativa, a vitalidade da economia se manifesta, desde que a administração da área econômica se mostre severa, um tanto avarenta, que seremos mandados a ranking mais alto, como acaba de ocorrer. Estamos no décimo segundo lugar, e iremos mais alto, ainda, superando as colocações de todos os países da América Latina, com exceção do Chile, somente como ordem e organização.
Vê-se que o Brasil é uma questão de governos razoavelmente estáveis no seu lugar de exercício dos cargos, que os ventos começarão a soprar nas velas da prosperidade, subindo, para uma renda per capita de mais de 8 mil reais por ano. Somente entra nessa estatística, o que dá razão a Disraeili, ministro da rainha Vitória, entra ali a péssima distribuição de renda, com milhares de famintos perambulando por todo o País. Esse é nosso pobre, que um presidente com problema de desinformação e de dificuldade em sua idade de se fortalecer tecnicamente sobre o país.
É esse, de resto, o problema de um país de dimensões continentais, como o Brasil, pois os presidentes devem ter uma formação, como tinham os do PRP, de Campos Salles a Washington Luís. Todos os presidentes daquela fase da vida republicana eram formados pela faculdade de direito, do Largo de São Francisco. Depois veio Getúlio Vargas, que era advogado, embora tenha trocado a profissão pela política, na qual se saiu admiravelmente bem, com exceção de seus últimos tempos no poder.
O caso de Lula, já analisado pelo cardeal Arns, em artigo para uma revista, o chefe de Estado e de governo que não se preparou para o mais alto cargo do país, dando razão aos seus críticos, inclusive, em tese, para Rui Barbosa.
Mas, o que nos interessa, no momento, é o PIB, que se elevou, aumentando a renda per capita dos brasileiros, mas não de todos, pois uma grande franja de brasileiros vive na condição de miséria e até de submiséria, como já o demonstrou o IBGE, que conhece bem o nosso país e o estágio econômico de sua posição. Mas, a colocação no décimo segundo lugar dos países, na colocação da renda, dá-nos esperança de que vamos subir mais, até chegarmos à situação dos grandes e dos bem nutridos na população.
Diário do Comércio (Saõ Paulo) 07/04/2005