O nosso Diário do Comércio de sexta-feira última, dia 7, deu a seguinte manchete: DIA DE TERROR com as seguintes submanchetes: Jerusalém 8 morrem. E Gaza comemora. Bagdá Mais 55 mortos. É a rotina sangrenta. Colômbia Jorra petróleo na vingança das Farc.
Esta Terra cheia de encantos mil teve um dia pavoroso de terror conforme registrou nosso jornal, que o fez com rigorosa precisão.
Jerusalém, a Terra Santa, onde os passos de Cristo e dos apóstolos estão presentes foi enodoada de sangue. Em Bagdá, foi mais um dia de rotina sangrenta e, na Colômbia, temos uma vingança preta.
O registro que fizemos é apenas uma parcela do que ocorreu no mundo onde já não se tem mais paz, tranqüilidade e harmonia – querem matar e morrer, espalhando o terror pela Terra inteira, o que justifica a manchete do nosso jornal.
A Terra foi inundada de criações da ciência moderna que reduziram os esforços dos homens aliviando o preço do trabalho, o que ajudou os povos do mundo. Enquanto isso, registramos o avanço do terror como arma apontada em várias direções, desde os rabinos que foram assassinados até o posto de petróleo que jorra a vingança da frente guerrilheira.
Esse é um mundo que nos foi dado a viver. Já não se sabe onde há paz e onde não há, tamanho são os desajustes entre as idéias sãs que as sociedades necessitam para viver.
O principal efeito desse terror espalhado pelo mundo é que ele produz sucedâneos que vão alimentar outros terrores, enquanto nascem crianças saudadas como mirantes na fé do bem viver – como foi pregado por Jesus Cristo nos Evangelhos. A civilização cristã já foi esquecida em grande parte de sua mensagem.
No entanto, esse dia de terror, como foi qualificado pelo nosso jornal, vai ficar esquecido. Não deveria sê-lo e sim lembrado como pesadelo da humanidade, que enche de sangue a cidade Santa e fere a Colômbia, a cidade de Bolívar como também Bagdá, onde os dois rios Tigre e Eufrates se encontram para favorecer a paz que o povo não encontrou.
O que descobrimos atrás desse dia de terror é a falta de paz que deve unir os homens de boa vontade. Cada dia mais nos preocupa, com o seu tecido já cheio de remendos, por não atender a finalidade de uma pregação justa e meritória.
Esse é o mundo em que nos encontramos, com uma paz tão desejada e tão mortiça.
Diário do Comércio (SP) 11/3/2008