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A sucessão presidencial

 

Está correndo com toda a velocidade, embora ainda não tenhamos os candidatos à sucessão presidencial. Luiz Inácio Lula da Silva não vai concorrer, segundo ele mesmo afirmou. Fica aberta, portanto, a corrida presidencial aos familiares de Lula que poderão disputar a indicação e o apoio do chefe supremo, esse mesmo galhardo político que não quer a presidência, segundo disse para os que crêem nele.


A corrida presidencial sempre antecedeu em alguns meses a eleição. Foi assim na Velha República e nas eleições depois de 30. No entanto, os candidatos mais à vista são Lula e supostamente Dilma Rousseff, embora suas secretárias mais próximas detestem falar do assunto e devam ter, mesmo, ordens da chefia suprema para nada dizerem de sua candidatura provável. Temos um espaço aberto para colher candidatos, não se sabendo ainda quantos irão aparecer com possibilidade de ganhar e se Dilma Rousseff ficará mesmo no páreo. Antiga guerrilheira, dotada de charme, dominadora da política, até mesmo com as intriguinhas que a valorizam muito perante os seus colegas.


A corrida presidencial abriu-se sempre no Brasil pelo partido dominante. Foi assim no PRP até 1930, foi assim depois de 30, na primeira e única eleição que houve sob Getúlio Vargas. E foi assim que se realizaram pesquisas de opinião, mas não eleições depois de Vargas, até a primeira eleição da nova Constituição de 1946. Agora não será diferente, e vemos que são candidatos potenciais, poucos nomes, e virão outros mais para engrossar a corrente.


O presidencialismo é o mesmo daqui e de outros países. Há um candidato muito forte na corrida e outros mais fracos na lista dos presidenciáveis. Cabe aos líderes políticos escolherem os favoráveis ao público que os espera com galanteria. O presidencialismo está em decadência, mas ainda mobiliza multidões para apoiar candidatos máximos da nação. É uma velha questão essa da excelência ou não do presidencialismo ou de outro tipo de governo que escolhêssemos para a sucessão presidencial, que seria o mesmo, e não um líder sobranceiro aos demais candidatos ao posto supremo de chefe do governo.


Está aqui o meu comentário sobre a corrida presidencial com candidatos à vista ou ainda desconhecidos.


Diário do Comércio (RJ) 1º/4/2008