Um site americano mapeou os casos amorosos do ator Leonardo DiCaprio e descobriu que, em seus já balzacos 30 anos de estrelato, nenhuma de suas muitas namoradas tinha mais de 25 anos. Ao se aproximarem da data fatal, eram substituídas por outra sub-25. Com isso, a suposta preferência masculina por infantes de até 25 anos está na mira dos estudiosos, com o nome "Síndrome de DiCaprio". Mas qual é a novidade? A história está cheia de homens que tiveram casos ou se casaram muitas vezes com mulheres de metade da sua idade.
O rei Salomão, segundo a bem informada Bíblia, teve 700 esposas e 300 concubinas. Como ele morreu antes dos 60 anos, a maioria certamente tinha menos de 25. Talvez, no seu tempo (970-931 a.C.), 25 anos correspondessem hoje a 125, donde a tremenda rotatividade. O incrível é que, com essa ativa vida conjugal, Salomão ainda tivesse tempo para ser sábio.
Pensando bem, até o nosso Oswald de Andrade deixa DiCaprio no chinelo —seu limite de idade era muito mais exigente: 18 anos. Sua biógrafa Maria Eugenia Boaventura, em "O Salão e a Selva", descreve casos de Oswald a partir de 1912 com meninas ainda mais novas. Duas delas foram as adolescentes Kamiá e Carmen Lydia, que ele trouxe da Europa, uma de cada vez, e trocou a primeira pela segunda. E houve Deisy (segundo Maria Eugenia, "normalista de 18 anos incompletos" em 1918), musa da famosa garçonnière de Oswald na rua Líbero Badaró e que morreu em 1919 em função de um aborto. Oswald tinha então quase 30.
Sim, Oswald se casou em 1924 com Tarsila do Amaral, quatro anos mais velha e também mais rica, mais chique e com boas relações na Europa. Mas, quatro anos depois, conheceu Pagu, também por volta dos 18 —24 anos menos que Tarsila—, e o que aconteceu entre ele e elas é uma história que até hoje não se contou direito.
"Síndrome de DiCaprio"? Que nada. Quente é a "Síndrome de O. A.".