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Serpa ganha prêmio de cultura

 

O nosso conhecimento tem quase 50 anos. Começou no Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, quando convivíamos com figuras notáveis, como Edília Coelho Garcia, podre Leme Lopes, Terezinha Saraiva, Edgard Flexa Ribeiro, e outros mais. 

Nesse tempo (década de 70), o jovem Carlos Alberto Serpa de Oliveira já era uma singular promessa. Foi autor de um histórico parecer, em que criou os cursos pós-secundários, de saudosa memória. Até hoje busca-se uma solução inteligente para equacionar o ensino médio e aí está uma ideia que merece consideração respeitos. 

Desde que dirige a Fundação Cesgranrio. há mais de 45 anos. Serpa orientou a entidade não só para a realização de concursos nacionais, mas para um viés também cultural, no que conta com a preciosa ajuda da sua esposa Beth, de extraordinário bom-gosto. Quando incorporou as instalações do Le Buffet aos seus domínios, Serpa criou um espaço infantil, que logo ganhou o nome de Bethlândia, por motivos óbvios. 

Dos eventos culturais recentemente criados, pode-se destacar o Prêmio Cesgranrio de Teatro, o maior hoje existente no país. As festas de entrega, no Copacabana Palace contam com centenas de artistas, muitos dos quais consagrados, mas que vibram particularmente com a láurea recebida. 

O destaque é o Prêmio Rio de literatura. No seu 1º  ano de vida, teve quase 700 
inscritos, inclusive jovens autores. É fato inédito alcançar de saída tamanha repercussão. A sua entrega já se fará no Teatro Cesgranrio, situado no Rio Comprido com mais de 300 lugares confortáveis. 

Para colaborar em seus projetos , Serpa, conta com um bem constituído Conselho Cultural da Fundação Cesgranrio, onde figuram nomes como Eva Dóris Rosental, Marcelo Calero, Ana Botafogo. Carol Murta Ribeiro, Jaqueline Laurence, Roberto Halbouti, Marcos Vilaça, Miriam Dauelsberg, Geraldo Matheus, Hildegard Angel e outros nomes de destaque. As reuniões são sempre muito animadas.

Vale a pena frisar que Serpa hoje desenvolve nada menos de 24 projetos culturais na Fundação Cesgranrio, um dos quais é objeto do seu maior carinho: o Edupark. Trata-se de uma projeção de filmes de primeira qualidade para os jovens alunos do sistema público de ensino. Utiliza-se o mecanismo de terceira dimensão e após a apresentação, como no caso do Manda Casa (meio ambiente), é feita uma avaliação do aprendizado, anotando-se verdadeira vibração por parte de alunos e professores diante dessa metodologia.  

Em função de todos esses fatos, a Academia Brasileira de letras, como faz todos os anos, reuniu o plenário para conceder o seu maior prêmio de cultura, a Medalha João Ribeiro. Por unanimidade, ganhou láurea professor Carlos Alberto Serpa de Oliveira.  A homenagem será prestada no dia 20 de julho próximo, quando se comemora igualmente o aniversário da Casa de Machado de Assis. Tudo muito merecido.

Diário da Manhã (GO), 13/04/2016