Os EUA têm hoje recursos que não tinham em 1930, como essas providências do Federal Reserve.
O Federal Reserve cortou a taxa de juros em apenas 0,75 pontos e com esse pequeno trabalho assumiu sua responsabilidade, o suficiente para que as bolsas reagissem com alta, dando tranqüilidade aos investidores, pelo menos por algum tempo.
Segundo os jornais brasileiros bem informados sobre a política internacional, os bancos americanos, que pareciam à beira do abismo há poucos dias, já reagem, anunciando resultados acima do esperado, ainda que tenham uma dúbia certeza, que transparece nas preocupações tornadas públicas no final da semana.
Temos nos ocupado com os EUA por acharmos que eles são a primeira potência do mundo e ainda que não queiram ir para onde ele vai, as outras nações precisam de ajuda e contam com o mercado americano para suprir ou controlar seus recursos.
A providência tomada pelo Fed dos EUA foi eficaz, embora pequena para o seu alcance e o resultado foi imediato para o sufoco americano, que viu as Bolsas se abrirem em alta depois dos tremores dos últimos dias.
Não há o que fazer fora dos EUA, pois tudo depende deles, como nesta atual crise , e sabendo disso eles procuram não abalar o mercado mais do que já está abalado. Os EUA se distinguiram, e continuam se distinguindo, como uma potência única no mundo, mas por isso mesmo o seu espírito evangélico fala alto e faz com que as autoridades monetárias acompanhem a Casa Branca nas providências que toma para acalmar os mercados nervosos com crises como as que foram deflagradas há pouco tempo.
Temos a confiança que a situação dos EUA, daqui por diante, será mais calma e o temor vivido pelas Bolsas no mercado estadunidense, invadindo por esse meio todos os lares, inclusive os desprovidos da resistência magna que os grandes lares e escritórios têm e põem em função na defesa de seus interesses, que vão abarcar todos os interesses americanos. Como dissemos há poucos dias, os EUA têm hoje recursos que não tinham em 1930, como essas providências do Federal Reserve, cortando juros em 0,75 pontos, obtendo assim, imediatamente, a reação positiva das Bolsas, com fortes altas em seus pregões.
Essa é a nossa opinião sobre a crise americana, que não foi ainda debelada, mas sim amortizada. A potência americana continua a ser a imensa democracia que inspira todas as nações; umas mais, outras menos.
Diário do Comércio (SP) 24/3/2008