Hoje, no mundo desenvolvido, há uma inovação que movimenta algumas das maiores universidades internacionais, como a de Stanford, a de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusets. Trata-se do MOOC (Massive Open Online Courses), que oferece cursos de educação gratuita através da internet.
Aliás, gratuita em termos, pois os certificados são cobrados e também os materiais didáticos, alem dos serviços dc treinamento, quando são oferecidos. É uma avalanche que se aproxima dos cursos superiores das nações desenvolvidas, como no caso da Inglaterra, onde, à exceção de Oxford e Cambridge, há diversas experiências em curso. São parcerias de Future Learn (Ensino do futuro), cujo adepto mais recente é o Instituto Indiano de Tecnologia, em Mumbai, que integra um consórcio de 21 universidades britânicas, australianas e irlandesas.
Não se tem uma certeza absoluta quanto à dimensão do mercado. Uns acreditam que seja muito grande, outros são mais retiros, mas não há dúvida de que se trata de uma rara oportunidade de ampliação de conhecimentos oferecidos pelas novas tecnologias. Embora haja no processo uma alta taxa de abandono desses cursos (como, aliás, ocorre também no Brasil). Isso se deve, basicamente, à sua gratuidade, o que inspira os inscritos a sair mais cedo dos estudos, o que não ocorre quando há a cobrança de taxas, pois os alunos têm mais interesse na frequência aos cursos.
Existe um modelo irlandês que se pode citar como algo interessante. Não há a cobrança de taxas. Nas apostilas são colocados anúncios que cobrem os custos dos cursos gratuitos. Os otimistas em relação aos MOOCs preveem que haja um crescimento de dez vezes na demanda decursos superiores, aliando a excelência da alta tecnologia (facilidade de acesso) à melhoria das condições econômicas da população, especialmente da camada média.
Folha Dirigida (RJ), 6/2/2014