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Fusão de laboratórios

 

O BNDES fez incluir nos jornais de grande circulação no Brasil uma exposição sobre a indústria farmacêutica brasileira e o seu plano de criar a Superfarmacêutica empresa nacional a partir de alianças.


Essa idéia não é nova. Surgiu no Brasil graças ao êxito da aliança que resultou da constituição da Drogasil, que se tornou um gigante na comercialização, vendendo indiretamente para os laboratórios, que economizam recursos na distribuição de drogas, concentrando-a num organismo de capacidade suficiente para abastecer todos os pequenos fornecedores de drogas para o consumo farmacêutico.


Há laboratórios que se desenvolveram graças a antevisão de seus diretores como, por exemplo, a Laborterápica que já passou das mãos da família Pires para uma indústria americana. Foi essa indústria que inovou nos derivativos de matéria- prima nacional, usando o veneno de cobra como coagulante rápido, sem afetar o metabolismo geral do corpo. Foi um sucesso incomparável.


Pelo que nos dá a conhecer a matéria sobre o BNDES, ele planeja reunir os laboratórios num grande centro médico hospitalar-financeiro para administrar o capital desse novo gigante que surgirá das alianças de pequenos, médios e grandes laboratórios e que é vasto setor. É um trabalho gigantesco esse a ser feito pelo BNDES, paro o qual deve convidar técnicos de fusões e outros setores, criando uma Superfarmacêutica a partir de alianças que não será fácil moldar, ao contrário de grandes laboratórios, que estão em situação financeira delicada, situação esta que exige pronta correção antes de formar alianças. Para isso, são indispensáveis os especialistas externos. O faturamento da futura aliança, se ela se realizar, será de R$ 2 bilhões, vindo a constituir um novo aporte de investimento digno de figurar em destaque na Bolsa de Valores.


A indústria farmacêutica nacional se desenvolveu apesar da concorrência estrangeira, ou graças a ela, copiando numerosas fórmulas estrangeiras, para aqui traduzidas e postas em movimento.


Essa é uma grande idéia. Fazemos votos de que ela passe desse suplemento de dinheiro para uma grande aliança farmacêutica.


Diário do Comércio (SP) 29/4/2008