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Fim do apagão

 

Não sabemos qual será o resultado dessa intervenção nos aeroportos.Mas há males que vêm para o bem.


Não pude dar em primeira mão, nem mesmo em definitivo, a notícia de que a Defesa Aérea assumiuo controle dos vôos civise os atrasos diminuíram nos aeroportos. Ela foi manchete do Globo de ontem. Digamos que estamos numa fase de ensaio, de experiência, não se sabendo qual o resultado dessa calma nos aeroportos após a Defesa Aérea assumir o controle dos vôos.


Foi um desafogo, graças ao qual os passageiros sentiram-se aliviados da apreensão que tomou a maioria dos viajantes, e puderam, assim, embarcar e desembarcar com tranqüilidade, dentro da capacidade de transporte da aviação brasileira, como se fazia há anos - passageiros que viajam à negócios, a turismo ou para simples vôo.


Já disse, nesta coluna, que o Brasil necessita de uma aviação comercial eficiente, dada a extensão territorial do País e a localização dos aeroportos alternativos. Mas deu-se o apagão e vimos que não estávamos preparados para crises como a que interrompeu a rotina dos aeroportos, principalmente os aeroportos de ponte-aérea, como a São Paulo-Rio e a São Paulo-Brasília. Releva agora a Aeronáutica fazer proposta ao Ministério da Defesa sobre os salários dos controladores de vôo, que reclamam de defasagem e requerem a uniformidade com todas as categorias estipendiadas pelos mesmos serviços.


Não será muito, mesmo porque as empresas aéreas estão implicitamente convidadas a atualizar seus equipamentos e a subordinarem seu pessoal de terra e de vôo às aulas, a fim de elevarem o nível do transporte aéreo brasileiro, que decaiu nos últimos tempos, tornando-se criticável pelos mais bem situados nas informações sobre transporte aéreo no Brasil. Ensina o velho ditado que há males que vêm para o bem. Esse é um deles.


Diário do Comércio (SP) 26/6/2007