Shantih percorria a cidade pregando a palavra de Deus, quando um homem veio procurá-lo para que curasse seus males. “Trabalhe. Alimente-se. E louve a Deus”, respondeu Shantih. “Acontece que, quando como, minha barriga queima com azia. Quando bebo, minha garganta arde. E quando trabalho, sinto minhas costas doerem com o peso da lavoura”, disse o homem. “Então morra”, disse Shantih. O homem foi embora. Shantih comentou: “Ele tinha duas formas de encarar cada coisa, e escolheu a pior. Quando morrer, deve reclamar do frio dentro do túmulo”.
Extra (Rio de Janeiro) 24/06/2006
Extra (Rio de Janeiro), 24/06/2006