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Dupla escola

 

Foi uma cerimônia muito bonita, na Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro.  O presidente Antenor Barros Leal e o responsável pela Comissão de Educação da ACERJ, professor Celso Niskier, entregaram a personalidades o Troféu Barão de Mauá, que celebra belos feitos realizados em favor da nossa educação.  Entre eles, o projeto “Dupla Escola” desenvolvido pelo Secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia.
                                                     
Trata-se de uma das jóias da coroa do Governo do Estado, celebrando o crescimento de forma integrada, unindo escolas e empresas do Rio de Janeiro.  O novo modelo, ligado à educação profissional, dá certificados de  ensino médio e propõe aos alunos, ao mesmo tempo, o ideal da qualificação profissional.
                                                     
Conhecemos desde a origem a parceria do Colégio Estadual José Leite Lopes, na Tijuca, com o Instituto Oi Futuro.  O ensino integra disciplinas  com base na educação profissional e foco voltado para a florescente indústria  de  jogos eletrônicos.  Foi o início de um processo, depois ampliado, abrangendo outras escolas, como o Colégio Estadual Valentim dos Santos Diniz, mantido pelo Instituto Grupo Pão de Açúcar em São Gonçalo, e o C.E. Erich Heine, que recebe subsídios da Thyssen Krupp CSA.  Na primeira instituição os jovens são capacitados nas áreas de Leite e Derivados e Panificação através do Núcleo Avançado em Tecnologia de Alimentos (NATA).  São atendidos cerca de 600 alunos.  De  que maneira se promove o trabalho? A escola cumpre o seu papel e como sempre faltam recursos para a contratação de mão de obra qualificada, as empresas parceiras cuidam dessa parte.  É uma forma de dar nova vida ao ensino médio oficial.   Esse projeto ganhou  divulgação e será ampliado pela SEDUC, como é desejo do titular da pasta da Educação: “Assim, os alunos permanecem mais tempo na escola e passam por momentos agradáveis e produtivos, trocando experiências.”
                                                   
Outras escolas caminham no mesmo sentido.  A experiência ganhou vida no C.I.E. Miécimo da Silva, em Campo Grande, onde há cursos integrados de Edificações, Informática e Administração, com bons laboratórios, e também no C.E. Dom Pedro II, de Petrópolis, que desenvolve cursos para a produção de vídeo e áudio.
                                                  
Como o movimento cresce de forma segura, podem ser assinalados êxitos também no C.E. Agrícola Almirante Ernani do Amaral Peixoto, em Magé, no C.E.Infante D. Henrique, tradicional escola de Copacabana, onde há cursos de Turismo e Hotelaria, e no C.E.Agrícola Rei Alberto I, de Friburgo, que ministra Dupla Escola em Administração, além do tradicional curso de Agropecuária.
                                                 
A consequência de todas essas providências é que os exames nacionais de avaliação da rede pública fluminense assinalam incremento qualitativo, o que  anima bastante os seus dirigentes.  Estão ficando para trás os tempos do desânimo e vive-se uma nova perspectiva de expansão, em todos os sentidos.

Jornal do Commercio (RJ), 21/12/2012