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Discursos Presidenciais

 

Na Primeira República, ou República Velha , a que caiu abatida pela Revolução de 30, os candidatos à Presidência eram lançados a um banquete político, durante o qual era lido uma plataforma de governo e um programa de obras. Essa leitura era acompanhada de um discurso muito bem feito, mas geralmente muito formal, muito bacharelesco.


Depois de 30 tivemos um Chefe de Governo Provisório, mantido pelo poder revolucionário vitorioso. Getúlio Vargas prometeu convocar eleições presidenciais para 38. Confiando, dois candidatos começaram atuar na cena política, José Américo de Almeida e Armando de Salles Oliveira. Belos discursos foram proferidos pelos dois, mas com o golpe desferido por Vargas nas instituições republicanas não mais se falou em candidatura presidencial.


Com a queda de Getúlio, voltaram os partidos políticos e foram lançadas duas candidaturas, de Eurico Gaspar Dutra e do Brigadeiro Eduardo Gomes. Com Dutra não houve discursos de monta, mas com o Brigadeiro formou-se uma equipe de escritores de grande nomeada, que escreveram excelentes discursos, alguns deles verdadeiras obras-primas.


Foi o tempo dos grandes discursos. Quando eleito pelo voto popular, Getúlio proferiu alguns discursos bem feitos. Mais tarde Juscelino Kubitschek também, mas os de Jânio não ficaram na memória.


Finalmente chegamos aos nossos dias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gosta de improvisar e, ao que parece detesta ler, não oferece aos colecionadores de discursos presidenciais produções dignas de antologias. O ano que começa vai terminar com um pleito presidencial e não se espere grandes discursos, mas sim a mensagem em voz alta dos que pretendem fazer os candidatos que vão disputar a Presidência da República. É o que eu tenho a dizer sobre discursos presidenciais.


 


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