Aproveitando o fato de o meu filho Celso estar estagiando em Londres, fizemos visitas de grande significado pedagógico a duas tradicionais instituições de ensino: King’s College e Open University, esta última para debater os avanços do ensino superior à distância. Não foi por acaso que Celso Niskier, em aula recente, afirmou que “no século XXI, inovação, tecnologia e disruptura são conceitos em voga, que levam a sociedade a renascer em si, bem como na produção e ampliação do conhecimento e do seu modo de relacionar e de se comunicar.
E mais adiante: “Vivemos um tempo em que certeza s desmoronam diante de nossos olhos ao passo que realidades impensáveis se concretizam. Até que ponto estamos preparados para lidar com isso tudo?”
Celso critica a resistência à EAD: “Querem desconstruir uma série de mitos relacionados a esse universo, são muitos os que se encontram abraçados a um passado para o qual não há retorno.”
Concordamos com ele quando afirma que o Brasil possui ampla legislação educacional segundo a qual todo e qualquer curso superior precisa seguir uma série de regras e diretrizes, como as estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação. A verificação da qualidade do ensino oferecido é mensurada por mecanismos distintos e complementares, como a avaliação in loco das instituições de ensino e a aplicação de prova presencial aos graduados. Apesar disso, ainda há quem se dedique a desqualificar a EAD.”
Costuma abordar outro tema delicado, como o argumento da falta de prática entre os graduados dessa nova modalidade: “Em alguns cursos, especialmente na área de Saúde, o conteúdo ofertado de modo presencial (e geralmente prático) chega a ultrapassar o limite de 30% de presencialidade previsto na legislação vigente. Esse, aliás, é um limitador que precisa ser excluído, pois não há distinção de conteúdo entre cursos presenciais e à distância, inclusive com relação à carga horária de atividades práticas.”
Celso esclarece que os cursos de Saúde são sempre contemplados com ferramentas modernas de formação e interação, com vistas ao século XXI. Como detalhou, recentemente, em artigo na imprensa o presidente do hospital Israelita Albert Einstein, o médico Sidney Klajner, a simbioso entre tecnologia e saúde não é futuro, mas presente. Ele contou que, desde 2012, a telemedicina é realidade no seu hospital, que hoje conta com belíssimos resultados.
O ensino intermediado pela tecnologia é uma realidade. Devemos estar atentos às fake-news que cercam lamentavelmente o processo. É preciso desconstruir esses fatos. Assim se contribui para o crescimento socioeconômico do país.