Hoje é dia de muitos assuntos. Um só não cabe, seria longo demais. Como dizia Vieira, "não tenho tempo de ser breve". Começo pelo Roberto Rodrigues e o quanto fiquei triste com a sua saída do ministério. Disse que seus motivos não eram nem políticos nem pessoais. Jânio Quadros definiu esse quadro de segredo como "forças ocultas". Mas vai fazer falta.
Leio a celeuma criada com a usina de Belo Monte, no Pará, que deverá ser a maior hidrelétrica brasileira (Itaipu é de dois países, Brasil e Paraguai), com 11.000 megawatts. Ninguém quer que seja construída, tem ONGs e vespeiro de professores. Pensei que fosse pelo nome. Era Cararaô e passou a ser Belo Monte, o verdadeiro nome de Canudos. Esta guerra, sim, jamais devia ter ocorrido. Trocaram o nome ninguém sabe por quê.
Acho que o Brasil tem alguma descoberta encoberta sobre energia. Está recusando todas as existentes. Nada de usinas de fissão, nada de usinas movidas a óleo, nem as hidrelétricas. As eólicas poluem a paisagem, as solares isso, as de maré aquilo -e fora o apagão. Qual a fórmula para resolver essa questão transcendental? Descobrir a do hidrogênio, sem perspectiva de ser resolvida? Ou o biodiesel, na base da mamona e da soja?
Eu tive um auxiliar no Maranhão, Amaral Eletrônico, meu amigo, a quem eu queria um bem danado, cientista, inventor e esotérico, que deu, quando o homem foi a lua, como "expert", uma entrevista na TV dissertando sobre as viagens espaciais. Dizia que tudo estava no foguete de propulsão. Citou os combustíveis russos líquidos, os americanos sólidos e, de repente, parou e, de braços abertos, comunicou: "Tudo isso, mas o melhor e maior combustível está no Maranhão. É o babaçu!". No Brasil, a qualquer dia, com essa repulsa por todos os combustíveis, vamos descobrir que o melhor está na pimenta de cheiro. E devemos logo envolver as universidades nessa linha e direção. É uma idéia.
Vamos patenteá-la logo para evitar apropriação pelos japoneses. Aliás, falando em japonês, li nesta semana uma notícia intrigante: o médico Kunio Kitamura, diretor da Associação de Planejamento Familiar do Japão, descobriu que a diminuição da população de seu país era porque os japoneses (31%) não tinham relações sexuais num período superior a um mês.
Encontrei explicação para a pergunta de Fukuda, primeiro-ministro do Japão que, em certa reunião em Xangai sobre controle demográfico, queria saber o que era "condom" (camisinha em inglês).
Eles não precisam, e por isso a Durex diz que são os que menos consomem esse objeto, ligado a Vênus e absolutamente proibido no Vaticano.
Folha de São Paulo (São Paulo) 30/06/2006