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Bolsas em risco

 

Temos que tratar neste espaço dos EUA e das dificuldades que eles nos criam, com conseqüências nas bolsas de valores, todas elas em má situação. Mundialmente famosa, por ser a bolsa de valores central dos EUA e do mundo, a Bolsa de Nova York corre o risco de desabar sua diligente estruturação econômica, enfrentando as consequências da majoração do preço do petróleo, do qual os EUA não tem as reservas necessárias para o seu formidável movimento.


Estamos de novo numa situação da qual não sabemos como sair, sobretudo porque os EUA conservam-se na liderança das nações democráticas do mundo. O petróleo não está em suas mãos, a não ser uma parte apenas, para atender às suas necessidades, que vão a mais de um milhão de barris por dia.


Nesse aspecto, nosso petróleo nos dá tranqüilidade, pois a Petrobras está conseguindo manter as reservas dentro de nossas necessidades e no futuro próximo poderemos operar com larga margem e vantagem sobre as nações desenvolvidas, apertadas em seus poços de petróleo, sobre tudo as nações sem petróleo, que dependem integralmente do mercado internacional, como a maioria das nações européias.


Situação difícil essa, pois não podem enfrentar agora potências como os EUA e nem valerem-se dos petroleiros árabes, que são senhores, praticamente, do grosso do petróleo mundial.


É essa, infelizmente, a situação em que nos encontramos, da qual não sabemos como sair - pois não está conosco a chave do petróleo - e que interessa a todas as nações que se encontram em crise. As empresas dos EUA correm riscos que podem levar à ruína as empresas dos países democratas, que dependem dos americanos para viver.


Chega ao fim o princípio das Nacionalidades . É necessário ocorrer a junção de várias nações para que possa haver o equilíbrio, sobre tudo no mercado de petróleo, que os árabes controlam com mão de ferro. Vê-se que o mundo está nas mãos de algumas poucas potências. Para sair desta situação sem visão adequada, agora ou no futuro próximo, todos dependem dos EUA. Evidentemente, deixamos claro aqui que os EUA não mandam dizer o que querem que se faça nas empresas, na economia ou nas nações com as quais tenham relações, mas a realidade é que vivemos presos a uma situação em que os EUA dominam o mundo.


É essa a situação em que nos encontramos, da qual não temos como sair, se não com imensos sacrifícios internos.


Diário do Comércio (SP) 30/6/2008