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Blue chips

 

Dizia o meu saudoso chefe, Assis Chateaubriand, que o Rio de Janeiro tinha três pessoas poderosas: o ministro da Guerra, D. Hélder Câmara e o presidente do Banco do Brasil. O banco foi usado pela política dominante várias vezes, chegando, mesmo a dar origem ao suicídio de um presidente, Getúlio Vargas. Temos agora outro Banco do Brasil, o que oferece pela Bolsa de Valores ações ao grande, médio e pequeno investidor. É só falar o nome do banco para suscitar o apoio risonho dos investidores que desejam tornar-se ativos investidores. Essa é a grande notícia que o Banco do Brasil dá ao País, com a certeza absoluta do sucesso do lançamento.


A Bolsa têm demonstrado que seu balcão é ainda um meio seguro de proteger economias pessoais ou empresariais, devidamente manobradas por perito-conselheiros, que sabem como ganhar dinheiro no seu recinto.


Um grande lançamento como esse vai atrair muitos investidores, sobretudo, creio eu, os pequenos, que não são muito seguros das possibilidades permanentes oferecidas pela Bolsa e que agora têm um grande dono de blue chips , oferecida a quem possui suficiente poupança ou soma de dinheiro para investimento em ações de grande categoria.


Evidentemente, o Banco do Brasil continuará sendo como foi desde o Império, um banco oficial que abriu à participação particular, a fim de atrair para o seu capital os investidores de qualquer tipo, que querem ser também responsáveis pelos financiamentos e aplicações. Em suma, pelo rendimento das ações como grande propulsor do desenvolvimento brasileiro.


É esse o assunto que me trouxe à companhia dos meus leitores, aos quais dou aqui a minha palavra sobre as ações do Banco do Brasil, ações blue chips, como gostam de dizer os corretores quando têm essa cor acionária nas mãos, porque valem muito.


 


Diario do Comercio (São Paulo) 29/06/2006

Diario do Comercio (São Paulo), 29/06/2006