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Alta dos alimentos

 

Por mais que os economistas se virem para encontrar uma resposta, a questão da fome, principalmente nos países do Terceiro Mundo, continua a ser um desafio.


Numerosos são os estudos publicados pelas agências internacionais e pelas organizações filantrópicas espalhadas pelo mundo, também incumbidas do assunto, mas nenhum chega ao resultado notoriamente válido, para a longa peregrinação entre milhares de pesquisas efetuadas em todos os países, inclusive no Brasil, sobre o assunto.


O problema da fome já foi levantado no Brasil na posse do presidente Lula, que escolheu a cidade de Guaribas (MA) para dali falar ao Brasil e ao mundo. Mas foi inútil o que falou, pois os ecos das palavras de Lula não demoraram a se amortecer.


Assim é também com os comprovantes que temos de outros países, como por exemplo a Índia, que com a sua população elevadíssima tem sua produção de alimentos deficiente em base demográfica.


Na política, ouvimos os líderes exacerbarem os problemas da fome, sem que se veja uma solução próxima, ou mesmo remota, para suas implicações na satisfação do desejo alimentar da população pobre ou hipossuficiente.


O problema da fome, conforme anunciou um jornal paulista de grande circulação, está situado na alta dos preços dos alimentos, preocupando já os líderes mundiais, com os problemas sociais e políticos para atender a satisfação alimentar das populações carentes. Não se nega que o mundo deu um salto enorme na parte científica, que provou a capacidade que tem ela para multiplicar os alimentos, assim, das populações carentes.


Mas a realidade vem provando que é mais forte do que as suposições levantadas em gabinetes de estudos distantes da realidade.


As estatísticas comprovam que a alta dos preços de alimentos é preocupante, pois ela não chega a atender a necessidade que têm as classes menos favorecidas de víveres com que se alimentam as famílias mais carentes. Na verdade, o malthusianismo está vivo e está tendo resultados positivos nas suas previsões.


O que devemos fazer é obstar esta evolução, a fim de que o mundo carente volte a ter acesso à alimentação cotidiana.


Diário do Comércio (SP) 17/4/2008