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Artigos

  • Três Prêmios, tantos valores

    Três prêmios internacionais, concedidos na Europa numa única semana, lançam luz sobre valores humanistas de que a cultura ocidental costumava se orgulhar nos últimos séculos e, de repente, resolveu consagrar fora de suas fronteiras. Em três dias seguidos, vimos nos jornais as fotos sorridentes dos asiáticos contemplados, cada um na sua vitória individual. Bem diferentes. Mas ligados em suas conquistas. No dia 12 de outubro, a indiana Kiran Desai surgiu como a mais jovem ganhadora do Booker Prize, o mais importante prêmio literário inglês. Era considerada um azarão, mas não se pode dizer que a decisão tenha sido uma surpresa. Para começar, é freqüente que os azarões ganhem esse prêmio (foi o caso, no ano passado, do excelente romancista irlandês, John Banville).

  • Viver do próprio trabalho

    De forma lapidar, o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil já sentenciou em um de seus grandes sucessos, há décadas: “A aranha vive do que tece. Vê se não esquece.” Menos poética mas igualmente clara, a ex-ministra Ana de Holanda saiu “Em defesa da criação”, afirmando em recente artigo: ” O que estamos assistindo, em tempo de megadisputas e transações de conteúdos entre os provedores, sites de buscas e softwares é uma violenta campanha, através de seus representantes oficiais ou não, pelo afrouxamento do controle dos direitos autorais.”

  • O tênue sopro da inspiração

    Talvez a pergunta mais universal que se tem vontade de fazer a um artista seja sobre o mecanismo de criação. Algo que fascina todos, desperta a curiosidade de cada um. Não é de admirar: todos intuímos que esse é um dos grandes mistérios da humanidade, maior do que cada indivíduo. Ao mesmo tempo extremamente pessoal e presente em todas as culturas, por mais diversas que sejam. Um fenômeno que transcende cada pessoa em seus limites. Inexplicável, porém reconhecido e digno de admiração.

  • Rachel na Sorbonne

    Ana Maria Machado, ela também uma grande escritora, resolveu prestar homenagem à memória de Rachel de Queiroz, a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Leiras (1976). Valendo-se de um convênio com a Universidade Sorbonne Nouvelle, determinou que fôssemos a Paris para falar a 120 alunos de Língua Portuguesa da importante instituição, o que fizemos com muito prazer. Lia foi uma figura fundamental do romance nordestino, além de ter povoado durante muitos anos a última página da revista O Cruzeiro, sempre com sucesso.

  • A casa do "soft power"

    Ao definir a Academia Brasileira de Letras como “a Casa do “soft power”, na abertura de mais um ciclo de debates, o historiador José Murilo de Carvalho deu a dimensão exata do papel que a ABL está assumindo na cultura nacional. A presidente da ABL, escritora Ana Maria Machado, disse que o ciclo é uma maneira de a Academia tratar a cultura ligando tradição e futuro. O ciclo “Futuros do presente: o Brasil imaginado” começou na última terça-feira com uma palestra do ex-presidente e acadêmico eleito Fernando Henrique Cardoso sobre “o futuro nacional do Brasil”, onde ele ressaltou a importância da cultura brasileira no relacionamento do país com a globalização, destacando que no mundo multipolar atual, o “soft power” é mais importante do que as guerras tradicionais.