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Laudelino Freire

                           A DEFESA DA LÍNGUA NACIONAL

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Entre os elementos orgânicos de uma nação, é o idioma a revelação mais eloquente do espírito de nacionalidade e, do mesmo passo, o vínculo mais forte da união nacional.

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O dever de conservar a língua tanto mais avulta quanto mais cresce o número dos que a corrompem, de parelhas dadas com inumeráveis elementos perturbadores e dissolventes, que fazem periclitar a homogeneidade idiomática. Tudo lhe impõe conservação. Mas, como articular, em condições de exequibilidade, a defesa de uma língua, que tudo trabalha para vasá-la ‘nos resíduos impuros de um idioma de aluvião”, ao revés de “espelhá-la nessa língua decantada e transparente, que a tradição filtrou no curso dos tempos”? Como se deve traduzir o nosso empenho para a tornar mais nacional, mais estimada, mais pura e mais vernácula?

A língua portuguesa, sabei-lo, é patrimônio comum de dois povos. Portugueses no-la herdaram, e portugueses foram os que no-la ensinaram. Ao cabo, porém, de um viver quatro vezes secular, no transcurso do qual, com superioridade inegável, nos libertamos econômica e politicamente, logrando em seguida a emancipação na literatura, não fora de esperar, hoje, que a nossa cultura, zelo, orgulho, nos não desse a certeza de que já somos um povo, que possui, como os demais, a sua língua, e, como os demais, sabe exigir que todos lha reconheçam como própria.

E essa condição é, senhores, o primeiro passo na defesa do idioma, porque com ela é que madrugamos na jornada larga que temos que fazer, é ela que nos imporá o sermos tão zelosos dele quanto o são dele ciosos outros que também o falam. Sim. Se há quase um século logramos desempeçar as asas das mãos que as detinham, razão hoje não há para que consideremos, a nós mesmos, empecilhados no em que nos cumpre ser absolutamente autônomos. Cada povo com a sua língua. A velha e amiga nação foi, é certo, a nossa Metrópole. Ela, porém, lá, e nós aqui. Hoje, porque ela aqui está, e nós daqui não saímos, não se segue que ela continue a ser Metrópole, e nós sejamos os primeiros em levar mão dessa autonomia, para que não fique de pé a presunção dos que querem reduzir-nos a pouco, como já o quis fazer no seu tempo esse Herculano, a quem tanto admiramos, quando nos brindou com estas palavras, que refletem o pensamento dos que não conformam com as opulências deste país, da sua inteligência e da sua raça: “A nossa melhor colônia é o Brasil, depois que deixou de ser colônia nossa.” Ouvi a Latino Coelho: “Só na América fizemos exceção à desídia hereditária com que semeamos sem colher. Só ali colonizamos na própria acepção desta palavra.”

Nessa caçoada jovial entretinham-se eles, que, afinal, parece não queriam que chegássemos nós onde já estamos. “A todos e a cada um se podia perguntar, como àquela dama da aula de Luís XIV, de calçado alto, de riçado alteroso, de mangas tufadas, de ancas e ilhargas postiças ‘Tudo isso sois vós, ou é vós tudo isso?’” (Cast., Liv. Clas.)

Valha-nos, senhores, a verdade de que o anfitrião tem, e há de ter sempre, direitos inauferíveis. Se na Índia, na China, no Japão e em África, o mistagogo das novas civilizações não soube efetuar o processo da verdadeira colonização, e somente a nós, na própria acepção desta palavra, soube fazê-lo infestadamente, como o entende o autor da “Oração da Coroa”, é o caso de preferirmos ser China ou África, contanto que fiquemos com a liberdade de nos não considerarmos a nós mesmos colônia de ninguém.

Repito-vos, senhores, com convicção tresdobrada: a primeira defesa do idioma está no reconhecimento obfirmado desta verdade: cada povo com a sua língua.

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E cada língua, escreve o príncipe do idioma, cada língua tem no seu gênio uma força de espontaneidade e seleção, um critério de acerto e um tipo de beleza, que se exercem, ou se enunciam, pela sensibilidade e o instinto dos que falam. É essa intuição da vernaculidade, esse como que sexto sentido, o da linguagem, que parece ter por órgão o ouvido, e do ouvido recebe o nome.

Com o ter a língua no Brasil a sua intuição de vernaculidade, a sua espontaneidade nativa, o seu critério, a sua moldagem, o seu torneio, cunho especial da frase, e fisionomia particular, porfiam glotologistas lusitanos em descobrir em tudo isso, que é o gênio dela, a existência de um dialeto brasileiro, “surrão amplo, como lhe chama Rui, onde cabem à larga, desde que o inventaram para sossego dos que não sabem a sua língua, todas as escórias da preguiça, da ignorância e do mau gosto”.

Não falamos nós um simples dialeto, como entendem Leite de Vasconcelos, Júlio Moreira, Adolfo Coelho, Mendes dos Remédios, Gonçalves Viana e Ribeiro de Vasconcelos, - senão a mesmíssima língua em que escreveram Camões, Sousa, Bernardes, Herculano, Vieira e Castilho. O dialeto, como o querem aqueles sabedores dos fatos glóticos, seria uma forma de “relaxação e de desprezo da gramática e do gosto”, seria forma de inelegância, obscuridade e deturpação do sabor clássico; seria, em suma, forma de língua inculta, do sermo rusticus, do sermo castrensis.

Brasileiros e portugueses, de parte a parte, colocam o problema, que não devera sair do terreno da glotologia, no ponto de vista regionalista, ou melhor, patriótico.

Não pretendem os segundos que falemos língua literária e culta, senão língua, cujos caracteres morfológicos, semânticos, sintáticos e lexicológicos, a põem dependente e em plano inferior à deles. Entre os mais convencidos de que falamos um dialeto está Leite de Vasconcelos, para quem – “a língua nacional do Brasil é o português, o qual levado para meio mui diverso do da sua origem, tem sofrido muitas modificações. Os escritores brasileiros muito têm discutido, no ponto de vista patriótico, se o português no Brasil é ou não dialeto. Se chamo dialeto, por exemplo, ao português de Trás-os-Montes, com mais forte razão ao português do Brasil, ou brasileiro, devo dar este nome”. Aqui Leite de Vasconcelos foi muito além do ponto de vista dos escritores brasileiros; foi ao ponto de vista do exagero depreciativo, e de jeito tal que, passando a indicar os caracteres principais do que ele chama dialeto brasileiro, faz observações acerca da fonologia, da morfologia, da sintaxe e do léxico, que, contrastando com a sua indiscutida autoridade, muito longe ficam de poder aspirar a qualquer conclusão.

Fácil, porém, será contrapor às palavras do emérito dialetologista as do nosso sábio filólogo João Ribeiro, que, depois de tratar o assunto, com maior e melhor desenvolvimento, conclui por afirmar que as modificações da língua no Brasil nunca constituíram verdadeiro dialeto. Vai mais longe Alfredo Gomes, sabedor igualmente acatado: “Não há verdadeiramente dialeto brasileiro... Há, pelo contrário, tendência assinalada, da parte dos que são instruídos, para uniformizar sintaticamente as duas línguas... A tentativa de aproximação fraseológica, cada vez maior, não sofre peias opostas por premeditado ódio entre as duas nações.”

Não há, nem pode haver entre elas, no tocante à língua, nenhuma supremacia. Bifurcado, há quatrocentos anos, aqui e lá, o português prossegue evolução divergente sob o influxo de fatores mesológicos. Esses, não operam, para menos, diferenciação alguma que dê à ex-Metrópole o ostentar-se na elevação de um falar tradicional e culto, enquanto nós gaguejamos um falar regional e corrupto, podendo nós apenas contentar-nos com a verdade que proclama Littré - o dialeto também pode comportar certa cultura literária.

A primeira condição da existência do dialeto é uma língua mãe, da qual seja aquele uma diferenciação caracterizada; e a segunda, igualmente necessária à existência dele, é que essa diferenciação se opere em região do domínio da língua comum. De modo que o conceito do dialeto outro não é que o conjunto das alterações que caracteriza a linguagem de uma província, colônia ou outra qualquer região, em relação à língua da Metrópole.

As modificações da língua brasileira não têm sido nem são de molde que caracterizem uma dialetação, consoante aquele conceito.

O nosso vocabulário é o mesmo, “mais opulento com o elemento tupi-guarani, e mais alguns termos africanos”. Diferenças sintáticas não existem e as que possam ser salientadas tão pequenas se nos antolham, que não são suficientes para particularizar uma linguagem. São frases isoladas, de construção nossa, tais como: vi ele, isto é para mim ver, estava na janela, resido à rua, e outras, que não chegam a assinalar uma diferenciação diversa da construção sintática lusitana. Poderíamos salientar aquele emprego do pronome sujeito pelo objeto, no vi ele, e a maneira muito nossa de colocar na frase as variações pronominais. Mas nem esses mesmos fatos linguísticos são exclusivamente nossos. Todos os clássicos, como nós, ora usaram a próclise em lugar da ênclise, ora essa em lugar daquela. É que o problema do sinclitismo pronominal, lá como aqui, é também uma questão de eufonia.

Se meras diferenças da fonética pudessem, por si sós, constituir uma dialetação, nem assim - posto seja na prosódia onde o falar brasileiro mais se distingue do falar português - nem assim teríamos nós um dialeto, porque tais diferenças apenas se limitam, por mera influência climatológica e desatenção à lei do menor esforço, a fazermos soar as vogais com maior vigor e em acentuarmos sílabas subordinadas que em geral o português omite.

Ainda que no período colonial estivéssemos sob o domínio da língua da Metrópole, contesto, senhores, que nele tivéssemos chegado a uma dialetação.

No período áureo do Quinhentismo, por intermédio dos donatários e colonos que nos vieram povoar, recebemos a língua de Camões, que aqui sob a influência de novos fatores mesológicos se transformou numa “vergôntea vigorosa e forte”; e “nesta evolução divergente, escreve Carlos Pereira, o falar brasileiro e o lusitano apresentam-se como codialetos do português quinhentista”. Sob este aspecto sim, a língua brasileira é um dialeto, como dialeto é a língua de Portugal. No em que, porém, a querem considerar os glotólogos de além-mar - dialeto não é essa língua em que escreveram Gonçalves Dias, Francisco Lisboa e Machado de Assis, e na qual foi vazada essa Réplica, que é modelo imortal “daquela formosa maneira de escrever que deleitava os nossos maiores”.

Quantos escritores, entre os que mais souberam ilustrar a língua oriunda do Lácio, de Camões a Filinto, de Filinto a Latino, atingiram essa culminância e assim se revelaram: “rico, opulento, substancioso nos pensamentos, variado e abundante no vocabulário, delicado no jeito e torneio da frase, sempre tersa e castigada, perspícuo, luminoso e elegante no falar, ore rotundo, sempre elevado, sempre grande, sempre sublime, sempre igual a si mesmo, se, por vezes, se não excede? Não nos lembra escritor algum, excetuados o Padre Antônio Vieira, e o fecundo Antônio Feliciano de Castilho, em alguns de seus passos, di-lo o nosso glorioso Carneiro Ribeiro, que escreva e fale com a propriedade com que se exprime este escritor;... que encontra em si mesmo os modelos de sua linguagem, que admiravelmente se adapta ao pensamento, o debuxa e traduz, passando a palavra pelo cadinho mágico de seu espírito, onde se refina e aprimora e donde distila em gotas de cristal e fios de oiro.”

Vede bem que Rui é o maior escritor que a língua tem dado; e a Réplica, um dos mais grandiosos monumentos literários que já saíram da pena de escritor de língua portuguesa. E se assim é, encostemos, senhores, esse livro ao coração dos nossos moços; levemos essa obra ao conhecimento dos mestres da juventude, dos nossos professores de humanidades e de todos os nossos intelectuais; espalhemo-la pelo país inteiro, porque ela valerá pela melhor das defesas, e por uma falange de hinos que hão de perpetuar a língua no Brasil.

Na pena de Rui, a língua não é hóstia pacifica, nos sacrifícios judaicos, para deleite da horda de corruptores e bárbaros.

                                                       ***

Não pequeno será o desserviço trazido à língua, se a nossa Academia de Letras persistir no intento de levar ao cabo um dicionário de brasileirismos, o qual de modo algum deve preceder ao dicionário de genuíno vocabulário. Brasileirismo, como o está entendendo aquele areópago de humanistas, e segundo tem tomado a si demonstrá-lo o provecto Sr. Solidônio Leite, é sinônimo de corruptela, e toda corruptela vocabular nunca deixou de ser escalracho da linguagem. Não continue a egrégia corporação a gastar o tempo com essas cogitações. O que lhe cumpre fazer é organizar o nosso dicionário, haja o que houver, custe o que custar, porque é esse dos seus fins o que mais lhe justifica e abona a existência.

Esse, sim, o mais assinalado serviço que prestará à nossa cultura literária, de que depende o aperfeiçoamento da língua.

Já lá vão mais de três séculos que a língua francesa se estorcia em piores condições do que a nossa. Incumbida, porém, que foi, a Academia Francesa de elaborar o dicionário normal, que o governo adotou, para logo, como faz sentir Grivet, sob o influxo dessa organização definitiva, a que aliás aderiram patrioticamente as mais altas inteligências, veio o idioma daquela nação a assumir a imponente preponderância que exerceu e ainda exerce no mundo das ideias. Disto se faz manifesto que a almejada fixação da materna língua só se completará, como a da francesa e a da castelhana se completaram, quando tivermos uma academia que nos dote com um dicionário.

E por que não o fará a nossa, se o caminho lhe está traçado?

Tendo ela, como tem, no seu seio, entre autoridades várias, notáveis profissionais da Filologia, e todos dentro da ordem - João Ribeiro, Laet, Alberto Faria e Silva Ramos -, bastaria que estes se constituíssem em comissão central da grande obra, e empreendessem a revisão e fusão dos dicionários desde o de Morais até o de Ramiz Galvão, para o que à própria competência deveriam juntar a colaboração dos mestres, que nenhum lha negaria. E destarte, quando obra original e completa não realizasse, dar-nos-ia, ao cabo de algum tempo, uma edição consideravelmente melhorada e acrescida do melhor dos nossos dicionários, na qual se procuraria pôr termo à anarquia ortográfica, com o simplificar e uniformizar a escrita; se incluiriam os inumeráveis vocábulos que ali não figuram, procurando-se de todos dar a legítima etimologia; esclarecer-se-iam pontos duvidosos da prosódia, da sintaxe, da lexicologia, à luz dos textos dos grandes escritores. Ser-lhe-ia ainda dado, se o entendesse, ouvir a sua coirmã de Lisboa.

Será porventura irrealizável esse trabalho? Não. Por que foi possível a Morais, no retiro solitário da Moribeca, em Pernambuco, elaborar um dicionário ao alvorecer do século passado, e não pode hoje a Academia de Letras Brasileira, num centro, como este, onde nada lhe falta e tudo lhe sobra, empenhar-se na feitura desse livro?

Acerca do nosso inolvidável lexicógrafo, disfarçamos uma injustiça com que se lhe diminui o mérito.

O douto Herculano não via com olhos de simpatia aquele grande compatriota nosso. A propósito da palavra brial, a que ele deu a significação de manto dos cavaleiros, disse o emérito historiador, em nota das suas Lendas e narrativas: ‘É um dos bastos destemperos daquela babel da língua portuguesa.” Não é babel da língua o livro que se tornou, no conceito do autorizado Sr. Leite de Vasconcelos, instrumento imprescindível de quem quiser saber a língua e escrevê-la com acerto. E por que foi assim destratado o nosso Morais, não o sabemos; o que sabemos é que dicionário igual ao seu não o escreveu nenhum português, nem a língua até hoje possui melhor, - confissão que faz amiúde o mais recente dos vocabularistas portugueses - Cândido Figueiredo.

Por tudo, fora muito para desejar que a douta instituição do Silogeu se desviasse das discussões em que se entretém, e começasse de trabalhar no “primeiro livro da nação, que é o dicionário da sua língua...”

                                                     [...]

É manifesta, senhores, a divergência de brasileiros e lusitanos no que concerne à matéria ortográfica. Díspares presentemente no modo de a entender, caíram ambos, por deplorável desinteligência, na mais profunda anarquia, que os segundos vieram agravar.

Portugal, seguindo o rumo das inovações, desprezando monumentos, tradições e origens, e sem que quisesse lembrar-se que nós brasileiros, seis vezes mais numerosos, temos a mesma fala, criou um sistema para a sua grafia vocabular, e a impôs, oficializando-a, aos seus naturais.

Após a sucessão de algumas gerações, a velha nação não escreverá a mesma língua dos seus e dos nossos avoengos, nem escreverá língua que seja portuguesa, nem latina, senão uma terceira sem antecedentes que a esclareçam e justifiquem. Será outra língua, que terá por origens da sua grafia o formulário ortográfico do decenvirato que ideou a reforma; por tradições, o vocabulário remissivo de Gonçalves Viana; e por monumentos os livros sônicos dos atuais publicistas lusitanos.

Estará o Brasil por isso? Por isso estarão os que nutrimos o amor do idioma?

Não. A ortografia de uma língua não é coisa que se reforme. Ortografia estuda-se, esclarece-se, mediante a etimologia; simplifica-se mediante a ação secular; e uniformiza-se consoante os esclarecimentos e investigações de casos controvertidos. Nunca jamais se lhe poderá alterar radicalmente, e por decreto, a feição tradicional, legítima e legitimada, se não admitir e consagrar as alterações que lhe vão sendo determinadas pela ação do uso e do tempo. Através dessas transformações há de, porém, ater-se aos laços de origem, vinculada indissoluvelmente aos elementos genitores, que a produziram.

Procurar o padrão da uniformidade gráfica em exclusivos princípios ortoépicos, é destruir os monumentos da língua e da literatura; é gerar a homofonia, fenômeno perturbador da linguagem; é criar a dificuldade da homografia, e com esta a confusão, pelo processo da destruição de elementos etimônicos das palavras; é não raro destruir a figura dos afixos, elementos necessários para o estudo da palavra, para a inteligência da língua, para o verdadeiro conhecimento dos valores das formas simples e compostas, pondo-nos na ignorância de sua genuína significação; é reduzir o vocabulário e, por fim, atentar contra a estética do idioma, enchendo a linguagem de formas ilegítimas e extravagantes. Procurá-lo, no entanto, segundo o processo de uma simplificação racional, que firme por modelo a grafia consentânea com o uso e a etimologia, seguindo-a nas suas mudanças naturais, é decerto tender para instituir “sem inúteis abalos, o desejado escopo da unidade ortográfica”.

                                                     [...]

(“A defesa da língua nacional”, conferência realizada no dia 10 de abril de 1920, no Salão Nobre da Biblioteca Nacional.)