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Os Lisboa: fragmentos de memória

 

Aceitei prontamente o gentil convite do Acadêmico Rogério Faria Tavares para falar nesta Academia sobre meus tios Henriqueta, Alaíde, José Carlos e Lourenço. Sabia não caber a um economista como eu discorrer neste recinto sobre a obra literária de meus tios. Dei-me conta, entretanto, de que, se era para fazer um roteiro afetivo, não poderia deixar de mencionar outros filhos de meus avós maternos que exerceram importante influência em minha vida.

João de Almeida Lisboa e Maria Rita (Sinhá) Vilhena Lisboa tiveram14 filhos, dos quais nove sobreviveram para a idade adulta: João, Maria (minha mãe), Henriqueta, José Carlos, Alaíde, Oswaldo, Abigail, Waldyr e Pedro.

Precisaria de um dia inteiro para fazer justiça a esse conjunto. Não sem preocupem, não vai ser hoje. Por isso, o subtítulo “fragmentos de memória”. Nesse processo não vou poder deixar de falar de mim mesmo – e, por isso, talvez o melhor título para o que se segue seja simplesmente: “meus tios e eu”.

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Natural de Campanha, minha avó Sinhá casou-se com meu avô Lisboa em Lambari, com apenas 14 anos e meio de idade. (Ele tinha 23). Passou os próximos 21 anos dando seus 14 filhos à luz e o resto da vida zelando por meu avô e pelos nove filhos que sobreviveram. Psicóloga inata e com ideias avançadas para a época, vó Sinhá fez questão de dar às filhas mulheres uma educação primorosa: todas fizeram o curso normal no Colégio Sion de Campanha.

Abigail faleceu muito jovem aos 27 anos. Maria, minha mãe, ficou em Lambari para casar-se com seu “sheik árabe” (chamado Felício Bacha e não Rodolfo Valentino...) e tornou-se diretora do Grupo Escolar da cidade. Henriqueta e Alaíde vieram com os pais para Belo Horizonte, e aqui se tornaram as acadêmicas que todo o país conhece. Dos irmãos, João se formou em medicina; José Carlos graduou-se primeiro em farmácia e depois em direito; também em direito se graduaram Oswaldo, Waldyr e Pedro.

Todos nasceram em Lambari. Ali, meu avô Lisboa, quando chegou de Macaé, RJ, exerceu o ofício de farmacêutico antes de se casar com minha avó e entrar na política. Foi deputado federal na 1ª. República. Em 1934, eleito deputado estadual, mudou-se para Belo Horizonte, onde faleceu em 1947, como Presidente do Conselho Administrativo de Minas Gerais. Minha avó lhe sobreviveu até 1957, na companhia de Henriqueta e de minha prima Maria Antonia, filha de Abigail, que minha avó criou desde bebê – e a quem também deu uma educação primorosa.

Educação e cultura foram desde sempre cláusulas pétreas na família Lisboa. Minha Formação, de Joaquim Nabuco, era o livro de cabeceira de meu avô. Além de uma razoável biblioteca de obras clássicas, meus pais tinham em casa a coleção completa das Seleções do Reader’s Digest. Numa busca inglória por algum tema picante, quando criança eu lia avidamente as piadas e historietas que se seguiam aos textos principais dessa revista. Lembro-me também do medo que me causava um livro em francês intitulado Luto em 24 Horas (Deuil en 24 Heures), do qual meu tio João era um fã entusiasmadoO que me assustava era o título do livro; só agora, reavivando minha memória no Google, foi que me dei conta que meu medo tinha boa razão de ser: trata-se de um romance de Vladimir Pozner situado nas 24 horas que antecedem a invasão da França pela Alemanha em 1940.

Claro, as leituras de infância que minhas tias me propiciavam eram bem mais amenas. Além do Menino Poeta, de Henriqueta Lisboa, deliciava-me com Ciranda, de Alaíde Lisboa.

Deliciava-me até certo ponto. Só até quando os personagens Pedrinho (meu tio Pedro, o caçula dos Lisboa) e Toninha (minha prima Maria Antonia) recebem a visita de seus tios e priminhos do interior, que estão lá nomeados. Ocorre que esses tios e priminhos eram os meus pais e irmãos. Mas eu mesmo não estava nessa listagem, e muito menos participava das gostosas traquinagens que ocorriam durante a visita.

Numa viagem que fiz com meus pais a Belo Horizonte em 1947 protestei com Alaíde por esse “esquecimento”. Não aceitei suas explicações de que o livro tinha sido escrito antes de eu nascer. Como podia ser assim, lhe disse, se o livro continuava lá com os mesmos “priminhos” de sempre e àquela altura eu já sabia até ler e escrever!

Tia Alaíde não se esqueceu dessa bronca. Em 1983, quando eu estava em Nova York como professor visitante da Universidade de Columbia, recebi pelo correio um envelope grosso vindo de Belo Horizonte. Ao abri-lo, vi que continha um manuscrito precedido de uma carta de minha tia que dizia mais ou menos assim: “Querido sobrinho, espero que não se incomode com o título que dei a esse meu novo livro, na tentativa de lhe compensar da frustação que lhe causei anos atrás”. O título do livro era: Edmar, esse menino vai longe2.

Edição original pela Editora São Vicente, Belo Horizonte, 1983. Reeditado pela Editora Peirópolis, 2006.

Muitas lágrimas derramei por essa homenagem que me trouxe de volta a minha primeira infância em Lambari.

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Boa parte da explicação de por que conseguira chegar ali em Nova York, tão longe de minha terra natal, foi o apoio que recebi de meus tios. Meu pai faleceu precocemente em Lambari, em maio de 1951, quando eu tinha nove anos e estava no último período do grupo escolar. No final do ano, minha mãe e seus sete filhos, inclusive este seu caçula, nos mudamos para Belo Horizonte, onde podíamos contar com o apoio de vó Sinhá e dos irmãos de minha mãe que aqui viviam: Alaíde e Lourenço, Henriqueta, e Waldyr e Edna. Com a ajuda de uma bolsa parcial de estudos, cursei então admissão, ginasial e científico no Colégio Santo Antonio.

Como meus irmãos mais velhos se casavam um atrás do outro, mesmo antes de terminar o científico decidi que estava na hora de começar a trabalhar. Meu tio Waldyr, então deputado estadual, conseguiu-me uma colocação como datilógrafo na Fertisa -- Fertilizantes Minas Gerais S.A. Para meu azar, a Fertisa logo virou Camig e o emprego passou a requerer tempo integral. Waldyr conseguiu-me então um emprego também de datilógrafo no Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais. Trabalho duro, aquele. Felizmente, durou pouco, porque – com a ajuda de minha irmã Marcia, que a essas alturas era secretária executiva na Assembleia Legislativa --, consegui um emprego inicialmente também de datilógrafo no legislativo estadual. O que foi um passo decisivo em minha vida, pois, algum tempo depois, aprovado em concurso interno, fui promovido ao pomposo cargo de Redator de Anais e Documentos Parlamentares. Na Assembleia, tive o prazer de conviver com o então deputado estadual Murilo Badaró, futuro presidente desta Casa.

A essa altura já havia entrado na Faculdade de Ciências Econômicas, onde tive a satisfação de ter como professores dois outros membros desta Academia, o poeta Emilio Moura e o crítico literário Fabio Lucas.

Mesmo antes de entrar na faculdade, dei-me conta de que, se queria progredir na vida, precisava aprender inglês. Tia Alaíde me sugeriu que tomasse aulas particulares com duas vizinhas suas que ensinavam inglês para seus filhos. Essas aulas se estenderam talvez por dois anos e me foram muito úteis, mas a parte que me interessa contar aqui é que, em seguida a elas, eu ia sempre tomar um delicioso lanche na casa de Alaíde.

Foi quando me aproximei de tio Lourenço. Isto é, em termos. Porque Lourenço, talvez por ser a hora de sua siesta, vestido num elegante pijama de listas azuis estava quase sempre numa espécie de subsolo da casa, onde tinha seu escritório e sua biblioteca. Para chegar lá era preciso descer uma escadinha de madeira. Uma das pessoas que compartilhava sem limites esse reduto, onde tinha seu próprio quarto, era meu tio José Carlos. Ele vinha do Rio para Belo Horizonte de trem para dar aulas de espanhol na UFMG, e sempre se hospedava com Alaíde e Lourenço.

Apesar dos evidentes sinais de “não ultrapasse”, lembro-me de ter descido aquela escada algumas vezes, desde sempre com alguma dúvida gramatical relevante. Esclarecida essa dúvida, entretanto, a conversa com Lourenço fluía sobre temas do momento.

Face a essa experiência, não me causou surpresa quando anos depois um ex-aluno de Lourenço na UFMG me contou que o professor começava suas aulas exatamente às 7 da manhã, com o quadro negro já cheio de frases e diagramas em latim, pois ali chegava às 6 da manhã para agilizar o expediente3.

Cf. Johnny José Mafra, “O Latim na Faculdade de Letras”, AletriA, v. 18, jul.-dez. 2008: 77-79, para uma afetiva descrição das aulas de Lourenço.

Os alunos ficavam naturalmente atordoados sem saber se acompanhavam as explicações do professor ou copiavam o que estava escrito no quadro negro. Começaram então a chegar à faculdade às 6h45, para ter tempo de copiar o quadro antes que a aula começasse. Quem então ficou temporariamente aturdido foi Lourenço, mas logo encontrou uma solução. Passou a chegar à faculdade às 5h45 para ter o quadro pronto às 6h45. Não creio, entretanto, que tenha passado a começar a aula nesse novo horário, porque, se o fizesse, ele e seus alunos iam terminar era sem dormir na noite anterior.

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Quando terminei a faculdade, passei nos exames de admissão para o Centro de Aperfeiçoamento de Economistas da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro (o embrião da atual Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV-Rio). Era um curso de pós-graduação latu-sensu, que dava acesso a programas de mestrado e doutorado nos EUA.

Meu problema era como financiar essa nova empreitada, uma vez que as bolsas de estudos disponíveis, tanto no Rio como nos EUA, eram bem magras. A solução quem me deu foi outro de meus tios, Oswaldo, que na época era diretor do Instituto Brasileiro do Café no Rio de Janeiro.

Ele convenceu o então presidente do IBC, Leonidas Bório, a solicitar que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais me pusesse à disposição do Instituto, primeiro no Rio de Janeiro e em seguida em Nova York. Dois parênteses, antes de eu prosseguir com tio Oswaldo. O primeiro é que, há poucos anos, cruzei com Leonidas Bório em um restaurante no Rio de Janeiro e ele, me reconhecendo, exclamou: “e não é que seu tio Oswaldo tinha razão?”. O segundo é que esse apoio financeiro ajuda a explicar minha decisão, na tese de doutorado, de construir um modelo econométrico do mercado internacional do café. Tinha a esperança que ele pudesse ser de utilidade para o IBC ou para a Organização Internacional do Café. Não fui bem sucedido nessa ambição tecnocrática, mas, anos depois, em 1992, redigi uma monografia, desta vez em língua de gente e não em “economês”, com uma avaliação histórica do impacto do café sobre a economia brasileira.

Trata-se de “Política brasileira do café: uma avaliação centenária”, reproduzida como Capítulo 12 em E. Bacha, Belíndia 2.0. Civilização Brasileira, 2012: 305-408. 

A monografia ressalta o fato notável de o café ter-se mantido por mais de um século como a principal fonte de divisas estrangeiras para o país. Isso se deveu à chamada política de valorização do café, que data de 1906, e cujo sucesso teve como contrapartida a expulsão de outros produtos da pauta de exportações do país. Essa valorização do café esteve desde sempre associada a uma política de reserva do mercado doméstico para a indústria nacional. Beneficiada por sucessivos dispositivos legais que efetivamente vedaram a importação de produtos com similar nacional, a indústria local pôde dispor das divisas do café para atender suas necessidades de bens de capital e insumos importados. Dessa forma, o binômio valorização do café e proteção à indústria gerou o país que hoje temos: uma economia altamente introvertida, desligada das cadeias internacionais de valor, e com uma enorme concentração de renda no estado de São Paulo.

Fecho aqui esse parênteses de economista, e volto a meu tio que foi o responsável por meu interesse pelo café.

Tio Oswaldo era muito bem humorado e tinha uma enorme persistência. Casou-se e enviuvou muito cedo. Passado o luto, apaixonou-se por Maria Celia, que também muito jovem havia enviuvado de um fazendeiro de café em Baependi, no sul de Minas. Mulher formidável, casamenteira que nem ela só, Maria Celia adorava promover casamentos entre os jovens de suas relações familiares. Só não dava muita bola para aquele advogado que insistia em lhe fazer a corte. Oswaldo então alugou um teco-teco e passou a dar voos rasantes sobre a fazenda em que Maria Celia morava, sempre lhe jogando um ramalhete de flores lá do alto. 

Conquistou-a finalmente, e, juntos, formaram um dos casais mais harmoniosos que já vi em minha vida.

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Cheguei ao Rio para cursar o programa da FGV em janeiro de 1964. Além de tio Oswaldo que tinha um apartamento no Leblon, no Rio também morava tio José Carlos, no mesmo bairro de Botafogo em que eu iria estudar. José Carlos não só localizou para mim um apartamento no próprio conjunto de prédios em que vivia, como foi o fiador de meu aluguel. Lá, na rua Voluntários da Pátria, me instalei com outros quatro colegas nos seis primeiros meses de 1964, antes de seguir para o doutorado na Universidade de Yale.

O apartamento de José Carlos tinha estantes cheias de livros em praticamente todos cômodos, só sobrava espaço para uma mesa de pingue-pongue que também servia para as refeições. E as visitas se sucediam, lembro-me particularmente de Cavalcanti Proença, seu grande amigo, e de Marlene Correia, sua assistente dileta. Tomei conhecimento também do “sobrinhato”, o conjunto de ex-alunos e ex-assistentes que se reunia todos os sábados no apartamento de meu tio, a las cinco en punto de la tarde. Entre eles, os atuais membros da ABL, Ana Maria Machado, Domicio Proença Filho e Zuenir Ventura.

Apesar de seu amor pela língua espanhola, José Carlos nunca esteve na Espanha. Não admitia essa possibilidade enquanto Franco estivesse vivo. Depois da morte do ditador, explicou a uma ex-aluna: “Minha filha, se a Espanha que eu tenho na alma não for igual à Espanha que eu encontrar vou ter uma decepção tremenda. Então eu não vou. Prefiro a Espanha de minha alma”5.

Depoimento de Célia Therezinha da Veiga Oliveira em Abigail de Oliveira Carvalho e Guy de Almeida (orgs.), José Carlos Lisboa: O Mestre, O Homem. Belo Horizonte: Editora UFMG, p. 192.

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Antes de concluir com Henriqueta, queria dizer duas palavras sobre tio João, o primogênito da família, e tio Pedro, o caçula.

Além de me assustar com suas preferências literárias, tio João foi prefeito e médico em Lambari. Em minha infância, era de longe a principal personagem da cidade, amigo dos Vargas e de outras eminências que ali veraneavam. Meu pai trabalhou com ele na prefeitura. Tio João mudou-se com a família para Belo Horizonte pouco depois de minha mãe, e ali encerrou sua carreira como médico da Mannesmann.

Tio Pedro, advogado brilhante, estabeleceu-se em Lambari, mas morreu cedo, aos 42 anos, deixando-me escassas lembranças.

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Sobre Henriqueta, queria inicialmente lhes contar que pedi ao Acadêmico Rogerio Faria Tavares que corrigisse no site da AML a data de nascimento de minha tia poeta. Ali constava a data não só de sua carteira de identidade, como a que ela levou para o túmulo: 1904.

Ocorre que, quando tia Alaíde fez 90 e poucos anos e temeu que talvez não chegasse aos 100, revelou aos filhos e sobrinhos um segredo familiar que datava do final dos anos 1920, quando minha mãe se casou com seu “príncipe árabe”. 

Na preparação dos papéis para o casamento, meu avô Lisboa constatou que Felicio era um ano mais novo do que Maria. Ele, de 1899; ela de 1898. Meu avô decidiu que isso não estava certo. E simplesmente mudou a certidão de nascimento de minha mãe para 19036. Mas isso criou um problema para as filhas que vinham em seguida. Meu avô não teve dúvidas, mudou o nascimento de Henriqueta de 1901 para 1904, o de Alaíde de 1904 para 1909, e o de Abigail de 1906 não sei bem para quando.

6 Em cópia posterior da certidão (com data de 1952), com os números claramente rasurados o ano “oficial” de nascimento de minha mãe passou a ser 1900, que foi o que constava de sua carteira de identidade.

Quando Alaíde finalmente revelou o segredo, Maria, Henriqueta e Abigail já não estavam entre nós. Ela, Alaíde, entretanto, pode comemorar com tranquilidade seu centenário – tendo na verdade chegado aos 102.

Vejam assim que, indo bem além do recato mineiro, as irmãs Lisboa tinha uma boa razão para não quererem conversar sobre a idade que tinham.

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Henriqueta Lisboa foi uma pessoa especial. Não só por sua poesia, que é admirada mundo afora. Também por sua figura frágil que parecia ser feita de porcelana, e sua personalidade a um tempo forte e reclusa. Ao contrário de minha mãe, que adorou a experiência do Sion, Henriqueta a detestou, mas tanto assim que da madre superiora ganhou a alcunha de la petite orguilleuse, a pequena orgulhosa.

Irritava-se quando a chamavam de “poetisa”, e me dizia algo assim: “só mesmo homens para quererem se apoderar de um substantivo terminado em ‘a’, como ‘poeta’, para relegar as mulheres poetas a um diminutivo ‘poetisa’ “.

Lembro-me também de sua devoção por Mario de Andrade. Em sua escrivaninha tinha uma foto dele num porta-retratos, protegida por uma cortininha de renda. Com esse mesmo recato, determinou que as cartas do autor paulista para ela somente fossem publicadas 50 anos após a morte dele.

Não foi Henriqueta diretamente, mas sua poesia que teve um impacto fundamental em minha vida. Quando comecei a namorar Maria Laura vi em sua mesa de cabeceira um exemplar de Pousada do Ser -– que ela jura que realmente lia mesmo antes de me conhecer! De qualquer modo, foi o sinal inequívoco de que havia encontrado a mulher de minha vida.

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Foi não só por Henriqueta, mas por ela, por Alaíde, Lourenço e José Carlos que abri meu recente discurso de posse na ABL com um poema seu sobre o Caraça7.

Disponível em: http://www.academia.org.br/academicos/edmar-lisboa-bacha/discurso-de-posse.

Quis, naquela ocasião, sentir meus tios literatos bem perto de mim. É ainda mais perto que os sinto aqui hoje, na homenagem que lhes faço nessa também minha Belo Horizonte.

Portal da ABL, 28/06/2017