Vaca intelectual
[1]Publicada em 10/10/2007
Publicada em 10/10/2007
Publicada em 09/10/2007
Publicada em 09/10/2007
Publicada em 09/10/2007
Publicada em 09/10/2007
No período entre a Primeira Guerra Mundial, em 1914, e a Segunda Guerra, em 1939, comentou-se muito nas chancelarias européias - com adesão dos EUA - a Enténte Cordiale , para que se evitasse uma nova hecatombe, acarretando mudanças insuspeitas em todos os pensadores políticos, alguns deles de muito renome nos círculos literários. Findou a Enténte Cordiale na Europa com a vitória de Adolf Hitler e do Nacional Socialismo Alemão , que pôs fim a todos os entendimentos para evitar a guerra, pois seu plano era fazer, exatamente, a guerra total.
O Estado deve fazer a sua parte nessa nova relação, reduzindo a burocracia em seus símbolos mais evidentes: os carimbos e os guichês.
Está certo que devemos cuidar de nosso corpo. Está certo que devemos aproveitar nosso tempo. Mas não devemos esquecer que a vida é composta de pequenos prazeres. Eles foram colocados aqui para nos estimular, nos ajudar em nossa busca, nos dar momentos de repouso, enquanto travamos as batalhas diárias. Não existe nenhum pecado em ser feliz. Não existe nada de errado em, uma vez ou outra, transgredir certas regras de alimentação ou de alegria. Não se culpe se, de vez em quando, você perde tempo com bobagens. São os pequenos prazeres que nos dão grandes estímulos.
Quando eu era criança, essa história era apenas uma piada. Mais tarde, descobri que muitas vezes agimos assim. “Um sujeito está dirigindo uma luxuosa Mercedes Benz quando o pneu fura. Ao tentar trocá-lo, descobre que falta o macaco. ‘Bem, vou até a primeira casa e peço emprestado’, pensa ele: ‘Talvez, o sujeito, vendo meu carro, queira me cobrar algo pelo macaco’, diz para si mesmo logo depois. ‘Um carro como este e eu precisando de macaco... Vão querer me cobrar uns R$ 20, pelo menos. Não, talvez cobrem até R$ 50. O cara vai perceber que estou numa grande furada. Já vi tudo, vai aproveitar e tentar me tirar R$ 100’.
As pessoas repararam que o rabino Shelomo começou a passear por lugares de péssima fama. Os fiéis começaram a pensar e comentar que o rabino havia abandonado a busca espiritual e que agora só desejava divertimento. As conversas circularam e ninguém mais queria freqüentar a sinagoga. Um rapaz resolveu advertir o rabino: “O senhor freqüenta lugares suspeitos e as pessoas não gostam disso”. O rabino responde ao jovem: “Se você quer tirar um homem da lama, não basta estender a mão de longe. A solução é também entrar na lama e puxá-lo para fora”.
Uma escritora budista enumera as seis principais dificuldades de uma casa: é difícil construir, mais ainda pagar, precisa ser consertada, pode ser confiscada, recebe hóspedes ruins e esconde atos condenáveis. E há seis vantagens de morar sob uma ponte: é fácil de ser encontrada, o rio mostra como é passageira a vida, não estimula a cobiça, não precisa de cerca, sempre passa alguém novo, não tem que pagar aluguel. De fato, esta é uma bela filosofia de vida. Mas, ao vermos as pessoas morando debaixo das pontes, logo percebemos que essa filosofia está errada.
Vivemos cercados por culpa. Nos sentimos culpados pelo que há de autêntico em nós: opiniões, desejos ocultos, maneira de falar. Nos sentimos culpados até mesmo por nossos pais e irmãos. O resultado é a paralisia total. Ficamos com muita vergonha de fazer coisas que sejam diferentes do que esperam de nós. Com isso, acabamos não expondo nossas idéias e sempre justificamos dizendo a mesma frase batida: “Jesus sofreu e o sofrimento é necessário”. O único problema é que, com desculpas deste tipo, o mundo inteiro não consegue seguir adiante.
Freud diz que os erros são, na verdade, uma maneira que temos para castigar a nós mesmos. Sabemos o alto preço que vamos pagar e o sofrimento que nosso gesto poderá trazer. Mesmo assim, fazemos o que não deveríamos. A mulher feia se torna ainda mais feia, pois não conseguiu encontrar ninguém. O solitário tranca-se em casa, já que não tem companhia. O alto executivo enfarta, mas continua trabalhando demais.
RIO DE JANEIRO - O editor Ênio Silveira estava engraxando os sapatos numa dessas cadeiras altas que mal comparando parecem o trono de um soba nos confins da África. Ele gostava de conversar com gente do povo e perguntou se o engraxate temia o comunismo, fantasma que o governo de então considerava na iminência de tomar conta do Brasil.
Apesar de uma corrente poética haver defendido a presença de uma história, de um enredo mesmo, no poema, a preeminência da canção jamais deixou de predominar na poesia de qualquer tempo. A frase de Paul Éluard - "A poesia é a linguagem que canta" - serviu, no século XX, de lema para poetas de várias tendências, embora Ezra Pound haja condenado o cântico exageradamente usado na poesia, tendo mesmo achado muito "declamatório" o verso de Spenser "Sweet Thames, run softly till I end my song" - "Doce Tâmisa, flui manso até o fim de minha canção" - que é um trecho muito citado do poeta inglês.
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