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Artigos

 
  • Um pedido ao Papai Noel

    Zero Hora (RS), em 21/12/2008

    As crianças vêem o Papai Noel como um velhinho simpático, bonachão, que aparece uma vez por ano trazendo presentes. Um adulto, se acreditasse em Papai Noel, pensaria de outra maneira. Pensaria no Papai Noel como uma figura real, claro, porque adultos de há muito deixaram para trás a imaginação infantil. E isso geraria muitas perguntas. É casado, o Papai Noel? Se é casado, por que a mulher dele nunca aparece? E como será a mulher dele? Uma mulher simpática, bonachona, dadivosa, uma verdadeira Mamãe Noel, ou quem sabe é uma megera, sempre disposta a brigar com o marido e a acusá-lo (“Não me venha com essa história que você passou a noite entregando brinquedos, que eu não acredito”)? E filhos? Será que o Papai Noel tem filhos? E como será que esses filhos o vêem? Será que também o acusam, com frases tipo: “Meu pai se interessa por todos os filhos, menos por nós”?. E a vida cotidiana do Papai Noel, de que maneira transcorre? Diz a lenda que ele tem uma gigantesca fábrica de brinquedos no Pólo Norte. Se isso é verdade, como está enfrentando a crise? Está mantendo a produção, ou vai dar férias coletivas para os empregados? E como será o seu relacionamento com o sindicato da categoria? O que tem a dizer sobre a redução do IPI?

  • Alcance e significado da Declaração Universal

    O Estado de S. Paulo (SP), em 21/12/2008

    A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembléia-Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948, é um evento histórico inaugural. Representa uma inovadora concepção da organização da vida mundial. Aponta os rumos da conformação de um sistema internacional que transcende as tradicionais normas do Direito Internacional interestatal ao reconhecer o valor próprio da dignidade humana. É um desdobramento jurídico da Carta da ONU, voltado para a construção de um sistema internacional não só de Estados igualmente soberanos, mas de indivíduos livres e iguais. É o primeiro texto de alcance internacional que trata de maneira abrangente da importância dos direitos humanos na arquitetura da ordem mundial. É, assim, um marco histórico na afirmação da plataforma emancipatória representada pela promoção dos direitos humanos, tanto como critério organizador e humanizador da vida coletiva em escala planetária quanto como caminho propiciador da conduta pacífica dos Estados.

  • Sonho de Natal

    O Estado do Maranhão (MA), em 21/12/2008

    O calendário marcado pelos dias gloriosos do ano e a vida cotidiana ajudam os cronistas. Como fugir dos sinos do Natal, que têm os sons das lembranças de todos os Natais, tanto quanto a nossa vida? São memórias que vão desde a infância, nas sombras cinzas das lembranças daquele interior perdido nos campos verdes do Maranhão, quando íamos à igreja louvar o nascimento do Filho de Deus, cujas sandálias João Batista dizia ser indigno de desatar, até a madurez da reza em comum com a família, lendo o Evangelho de São Marcos, que descreve o que aconteceu na manjedoura de Belém.

  • Desemprego e doença

    Zero Hora (RS), em 20/12/2008

    Um quarto dos brasileiros afirma que saúde é o principal problema nacional, revela recente pesquisa Datafolha. Em segundo lugar está o desemprego, citado por 18% dos entrevistados, mas chegando a 23% entre os que têm entre 16 e 24 anos. O pior é que os dois problemas podem se combinar. É impressionante a massa de dados mostrando, de maneira inequívoca, que a perda do trabalho regular faz mal, muito mal, à saúde.

  • Madonna e a Cabala

    Correio Braziliense (DF), em 19/12/2008

    Apesar da crise, um fim-de-ano para ninguém botar defeito: Ronaldo no Corinthians, Roberto Carlos e Rita Lee juntos no palco e, claro, Madonna, uma turnê mais esperada que a de Frank Sinatra, que durante anos prometeu vir ao Brasil (e no final veio mesmo). É a glória dos veteranos, sobretudo a glória de Madonna que, aos 50 anos, não cessa de surpreender os fãs. Isto aconteceu inclusive quando ela aderiu à Cabala, corrente mística judaica que inclui uma peculiar concepção do universo e uma curiosa numerologia, baseada no fato de que, no hebraico antigo, havia uma correspondência entre letras e números. Assim, o número 18 era um número da sorte porque corresponde às letras que formam a palavra “hai”, vida.

  • Sonho de Natal

    Jornal do Brasil (RJ), em 19/12/2008

    O calendário marcado pelos dias gloriosos do ano e a vida cotidiana ajuda os cronistas. Como fugir dos sinos do Natal, que têm os sons das lembranças de todos os natais, tantos quantos a nossa vida? São memórias que vão desde a infância, nas sombras cinzas das lembranças daquele interior perdido nos campos verdes do Maranhão, quando íamos à igreja louvar o nascimento de Deus, seu filho, cujas sandálias João Batista dizia ser indigno de desatar, até a madurez da reza em comum com a família, lendo o Evangelho de São Marcos, que descreve o que aconteceu na manjedoura de Belém.

  • Uma lei inútil

    Jornal do Commercio (RJ), em 18/12/2008

    Lula pediu aos ministros Tarso Genro (Justiça) e Jorge Félix (GSI) que elaborem um substitutivo para a Lei de Segurança Nacional, em vigor desde 1983, no governo do último presidente militar. A intenção é boa, mas me parece ociosa. Não há necessidade de uma lei especial para segurança da nação, a não ser em casos de guerra ou de grave convulsão social.

  • O jardim e a torre

    Jornal do Commercio (RJ), em 16/12/2008

    A marcha da humanidade ao longo da história pode ser interpretada (mas não explicada) por duas metáforas que constam do livro mais importante da cultura ocidental: o Paraíso perdido e a torre de Babel. Todo o resto, guerras, invenções, produções da arte ou do pensamento, tudo é balizado pelos dois episódios lendários do “Gênesis”.

  • Planeta selvagem

    Folha de S. Paulo (SP), em 14/12/2008

    Uma pergunta que já foi feita e até agora não teve resposta que explicasse o mundo: é o homem que faz a história ou é a história que faz o homem? No dia-a-dia miúdo das coisas, tem-se a impressão de que os homens, em determinadas circunstâncias, conduzem o complicado samba-enredo da humanidade, freqüentemente atravessado ora pela bateria, ora pelos puxadores do canto.

  • Machado, cultura e política

    Zero Hora (RS), em 12/12/2008

    O transcurso do centenário da morte de Machado de Assis parece unir o sentimento de toda a nação ao fazer memória da vida e obra do escritor, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL). Pela densa contribuição ao enriquecimento cultural do país, à vertebração da identidade de nosso povo nas diversas áreas da literatura e das artes, o criador e a criatura, o homem e a instituição, constituem efemérides que não podem deixar de ser festejadas.

  • Um governador das Arábias

    Jornal do Brasil (RJ), em 12/12/2008

    Visitei Chicago quando presidente da República para apoiar uma equipe de físicos brasileiros que participavam da busca do quark, a partícula fundamental do universo. Sempre tive uma curiosidade grande pela física pura, e o mundo das partículas me fascina, nesse intrincado jogo que não entendemos muito, dos elétrons, prótons, bósons e outros mistérios mais. Em Chicago, no Fermilab, desenvolveu-se a desintegração do átomo.

  • Saudades de Tancredo Neves

    Jornal do Commercio (RJ), em 12/12/2008

    Ela está reluzente. Nem parece ter idade avançada. Em meio a um grande alvoroço, idosos, jovens e crianças ocupam os seus lugares, para uma viagem à história de Minas Gerais. Refiro-me à popular Maria Fumaça, locomotiva que puxa meia dúzia de vagões, durante uma hora, no trajeto Tiradentes – São João del Rei. Uma alegria só, misturada a pitadas de nostalgia, sentimento natural dos mais velhos.

  • Marcito

    Jornal do Commercio (RJ), em 11/12/2008

    Quarenta anos atrás, num 11 de dezembro, a Câmara Federal negava a licença para que o governo da época processasse o deputado Márcio Moreira Alves. Em represália, dois dias depois, foi editado o AI-5, que fechou definitivamente o regime. A história é sabida, apesar das versões divergentes sobre detalhes pontuais.

  • Padre Vieira e os direitos humanos

    O Estado de S. Paulo (SP), em 09/12/2008

    “Os erros dos homens não provêm apenas da ignorância, mas principalmente da paixão. A paixão é a que erra, a paixão a que os engana, a paixão a que lhes perturba e troca as espécies para que vejam umas coisas por outras. Os olhos vêm pelo coração e assim como quem vê por vidros de diversas cores, todas as coisas lhe parecem daquela cor assim as vistas se tingem dos mesmos humores, de que estão bem ou mal, afetos os corações.” Essas são palavras do padre Antônio Vieira no Sermão da Quinta Quarta-Feira da Quaresma de 1669. Pascal, um século depois, repetiria o mesmo pensamento com exemplar concisão: “O coração tem razões que a própria razão desconhece.”

  • A plebe rude

    Jornal do Commercio (RJ), em 09/12/2008

    De certa forma, e uns pelos outros, quase todos os cronistas e colunistas em atividade na mídia nacional comentaram a recente fala do presidente da República, que usou uma expressão classificada de "chula". Resisti até agora, mas quem há de?