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Pe. Antônio Vieira e os peixes
Tudo o que o mestre da retórica sacra lusitana percebia, hoje percebemos com igual impunidade. E o que nos surpreende no gênio de Antônio Vieira é a utilização da palavra como arma temível, desdobrável, muitas vezes em chama, ora ao falar aos portugueses, ora aos holandeses (pela invasão), ora no Brasil Colônia, ora aos príncipes, ora ao vulgo, ora aos próprios peixes, não importando a quem, desde que alcance seus intentos de convencer , espantar ou evangelizar. Usando a alegoria, para Octavio Paz – “expressão do pensamento analógico”.