A Academia Brasileira de Letras abriu seu ciclo de conferências do mês de agosto com o tema “Utopias contemporâneas”, sob coordenação-geral da Acadêmica e escritora Ana Maria Machado e coordenação do Acadêmico e professor Arnaldo Niskier. A primeira palestra foi Existe uma utopia brasileira?, com o economista Eduardo Giannetti. O evento aconteceu na terça-feira, dia 2 de agosto, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.
Foram fornecidos certificados de frequência.
“Utopias contemporâneas” terá mais duas palestras, depois da Olimpíada, sempre às terças-feiras, no mesmo local e horário, com os seguintes dias, conferencistas e temas, respectivamente: dia 23, Mario Moscatelli, Legados olímpicos ambientais: promessa e realidade; e dia 30, André Trigueiro, O analfabetismo ambiental e o desafio da sobrevivência do planeta.
Giannetti falou de algumas questões fundamentais: “Qual o lugar do Brasil no mundo e o que nos distingue como nação? É próprio da melhor tradição de intérpretes do Brasil abordar a questão da nossa identidade de um ponto de vista histórico e retrospectivo – buscando em nossas raízes e na formação da nação brasileira, com suas bênçãos e males de origem, o segredo da nossa singularidade e destino comum. O objetivo da palestra foi revisitar o tema da identidade, porém com uma diferença de enfoque, ou seja, a partir de um olhar utópico e prospectivo. Que constelação de valores seria capaz de nos unir em torno de um projeto original de realização no mundo globalizado? Existirá uma utopia mobilizadora da alma e das energias dos brasileiros?”
Saiba mais:
Eduardo Giannetti é graduado em Economia (1978) e em Ciências Sociais (1980) pela USP e PhD em Economia pela Universidade de Cambridge, Inglaterra.
Lecionou na Universidade de Cambridge (1984-87), onde permanece como professor convidado. Foi professor na FEA/USP (1988-2000), tendo sido eleito pelos alunos melhor professor da Faculdade de Economia.
Foi também professor do INSPER Instituto de Ensino e Pesquisa (ex-Ibmec) em São Paulo. Foi eleito “Economista do Ano em 2004” pela Ordem dos Economistas de São Paulo.
Tomando como ponto de partida a filosofia econômica, o professor Giannetti vem fazendo contribuições importantes ao pensamento econômico brasileiro. Seus livros repercutem muito além dos círculos acadêmicos ou simplesmente econômicos.
O livro Vícios Privados, Benefícios Públicos ganhou o Prêmio Jabuti em 1993, na categoria Ensaio. O Auto-Engano, também premiado, consagrou Giannetti não apenas como um economista destacado, mas também um importante pensador. Além desses, publicou Beliefs in action; Felicidade, O mercado das Crenças, O Valor do Amanhã, o Livro das Citações – Um breviário de ideias replicantes e diversos outros, assim como artigos nacionais e internacionais.
Em suas exposições aborda, além do macro cenário econômico, temas como ética e as consequências sociais das transformações econômicas.
27/07/2016
Publicada em 20/07/2016
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