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Acadêmico e romancista Antônio Torres coordena na ABL o ciclo de conferências “África: olhares ficcionais da ABL”

 

A Academia Brasileira de Letras abriu seu ciclo de conferências do mês de junho com o tema “África: olhares ficcionais da ABL”, sob coordenação do Acadêmico e romancista Antônio Torres. A primeira palestra foi Os mares trágicos de Adonias Filho: “Luanda Beira Bahia”, com o escritor Cyro de Mattos. O evento aconteceu na terça-feira, dia 7 de junho, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

Foram fornecidos certificados de frequência.

A Acadêmica Ana Maria Machado é a coordenadora-geral dos ciclos de conferências de 2016.

“África: olhares ficcionais da ABL” terá mais três palestras, sempre às terças-feiras, no mesmo local e horário, com os seguintes dias, conferencistas e temas, respectivamente: dia 14, Reginaldo de Jesus, Os tambores de São Luís: 40 anos da obra-prima de Josué Montello; 21, Ana Maria Gonçalves, Jorge Amado e a formação de um imaginário; e 28, Alberto Mussa, O africano Antônio Olinto.

“Um dos pontos elevados de nossas letras, transgressor nas formas de narrar, Adonias Filho reveste suas criações com a marca do trágico na aventura da vida, quase sempre dominada pelas ciladas do destino. Luanda Beira Bahia (1971) é romance que une o Brasil e a África, tendo como seus personagens gente de Salvador e Ilhéus, e dos longes de Moçambique e Angola”, adiantou o palestrante.

“Nesse romance marítimo, com ressonâncias telúricas, Adonias Filho conta a trágica história de amor entre Caúla, o marinheiro, nascido em Ilhéus, e a angolana Iuta, moradora do cais de Luanda. Os dois irmãos que se unem sem que conheçam o parentesco entre eles. O desfecho trágico desse amor tem como testemunha a árvore jindiba, de pé e sem voz, ponto de referência de Caúla no mundo, a ocupar um lugar de relevo na trama. O mar pode ser visto, também, como ponte para o conhecimento de Brasil e África no século XX”, disse.

Segundo Cyro de Mattos,a obra mostra como um autor verdadeiro, dotado de imaginação fecunda, pode construir uma obra literária com valores míticos que impõem soluções exasperadas, movidas pelas forças da vida e da morte. Entre a paisagem do mar que exerce uma atração fascinante e os mares interiores, fundos, profundos, submissos às águas revoltas do amor”.     

Saiba mais:

Advogado e jornalista com passagem na imprensa do Rio, contista, romancista, poeta, cronista, autor de livros infanto-juvenis e organizador de antologia, Cyro de Mattos nasceu e reside em Itabuna (BA). Publicou mais de 50 livros, para adultos e crianças, no Brasil e exterior. Tem livros individuais editados em Portugal, Itália, França e Alemanha.

Recebeu, no Brasil e exterior, diversos prêmios de expressão, entre eles, o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, com Os brabos, novelas,  da Associação Paulista dos Críticos de Arte, com O menino camelô, infantil, Segundo Prêmio Internacional de Literatura Maestrale Marengo d’Oro, Gênova, Itália, com Cancioneiro do cacau, para obra estrangeira publicada, e com Poemas escolhidos, poesie scelte, para obra estrangeira inédita, e o do Instituto Piaget de Almada, Portugal, para  autores de língua portuguesa, com o poema  “O Menino e o Mar”.

Menção Honrosa do Prêmio Jabuti com Os recuados, contos. Finalista do Jabuti três vezes, está incluído em mais de 50 antologias de conto e poesia, no Brasil e exterior. Participou como convidado do III Encontro Internacional de Poetas da Universidade de Coimbra, Feira Internacional do Livro em Frankfurt e Encontro dos Poetas Ibero-americanos da Fundação de Salamanca Cidade de Cultura e Saber.  Ganhou o Prêmio Pen Clube do Brasil (2015) com o romance Os ventos gemedores.

Mattos é membro da Ordem do Mérito do Governo da Bahia no Grau de Comendador, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, UBE/SP, UBE/RIO, Academia de Letras da Bahia e Academia de Letras de Itabuna. Entre seus tradutores figuram Curt Meyer-Clason, na Alemanha, e Fred Ellison, nos Estados Unidos. Seus livros são estudados em universidades brasileiras, têm sucessivas edições, além de adquiridos por órgãos públicos de literatura e cultura.

01/06/2016

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