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Artigos

  • Em quem voto e por quê

    O Estado de S. Paulo, em 05/10/2014

    Poucas vezes o refrão de estarmos numa encruzilhada terá sido tão verdadeiro. Neste domingo os eleitores carregam para a votação o peso de uma responsabilidade histórica. E o mais grave é que, dadas as condições do debate eleitoral e as formas prevalecentes de manipulação da opinião pública, boa pane do eleitorado nem atina qual seja a bifurcação diante da qual o País está.

  • Reinventar a democracia

    Folha de S. Paulo (RJ), em 28/09/2014

    Durante os oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, dia sim, dia não, eu o criticava, às vezes com aspereza, neste mesmo canto da página A2. Muitos leitores me consideravam um petista radical, esquecidos que com a mesma pontualidade, dia sim, dia não, eu criticava o PT e, de certa forma, outros partidos com a mesma violência.

  • Petrobras x Paulo Francis

    Folha de S. Paulo (RJ), em 14/09/2014

    Durante o escândalo do mensalão, a opinião pública acreditou que, em matéria de corrupção, o poder havia atingido um limite insuperável, para não dizer inédito, na política nacional. Ledo e ivo engano. Em poucos meses, com as sequelas que continuam e que ainda não terminaram, explode uma bomba bem maior e letal para o governo que há mais de dez anos vem sendo manipulado pelo PT.

  • O papel dos partidos

    O Globo, em 24/08/2014

    Com o retorno da ex-senadora Marina Silva ao proscênio da vida política brasileira na disputa pela presidência da República, está em debate a importância dos partidos na democracia representativa. Marina, em reunião com aliados no primeiro dia de candidata, insistiu no descrédito do que chama de “velha política” junto à opinião pública e ressaltou que a aliança que importa neste momento da campanha é com a sociedade, não com os partidos.

  • Caminhos da paz na Colômbia

    O Globo, em 06/07/2014

    Convocados pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, para debater e apoiar a tentativa de lograr a paz entre as Farc e o governo daquele país, Bill Clinton, Felipe González, Ricardo Lagos, Tony Blair e eu nos juntamos em Cartagena nessa segunda-feira. 

  • A crise financeira - riscos e incertezas

    O Estado de S. Paulo (SP), em 15/02/2009

    No exercício de funções governamentais de responsabilidade, um tipo de conhecimento indispensável é aquele que se caracteriza pela aptidão para entender o conjunto das coisas. Esse tipo de conhecimento, associado à compreensão da relação entre meios disponíveis e fins desejáveis, é o que confere ao governante perícia estratégica para perceber o que está aberto às possibilidades futuras. Esse tipo de conhecimento tem a feição de uma "visão global". Como diz Fernando Henrique Cardoso, é uma espécie de "quadro mental", fruto da experiência, da sensibilidade e do domínio de assuntos, que permite a um governante, sem perder o sentido de direção, ir contextualizando a informação fragmentada que provém do mundo complexo e interdependente em que vivemos.

  • Uma esquerda pela própria natureza

    Jornal do Commercio (RJ), em 29/12/2006

    A entrevista de Fernando Henrique Cardoso, domingo passado, é a da clara palavra do estadista, além do presente imediato, para confrontar o segundo mandato de Lula. Reflete um misto de realismo político com um claro "mea culpa" dos caminhos do seu PSDB, após a derrota de outubro. A visão de fundo é a da nova conjuntura que se abre para o continente diante da globalização, propícia a uma expansão brasileira, muito ao contrário do começo do governo tucano, e do que enfrentava Lula em 2002. Mas esse futuro repete o modelo anterior, ou vai à condição de uma efetiva redistribuição de renda e de um desenvolvimento social sustentado?

  • Em defesa da Amazônia

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/11/2005

    Durante o transcurso do governo de Fernando Henrique Cardoso escrevi alguns artigos em defesa da Amazônia, procurando destacar a nota dominante da grandeza da região e da necessidade de que aquele patrimônio florestal de alta importância científica e econômica seja preservado.

  • A proteção de bens imateriais

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 02/10/2005

    A proteção de bens imateriais, ou seja, aqueles que não são físicos, como prédios e esculturas, tem sido defendida há muitos anos no Brasil, e atende à preocupação de entidades internacionais, que têm se dedicado com afinco ao tema. A Unesco, por exemplo, através de sua "Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial", de 17 de outubro de 2003, considera incluídas nesta categoria as "práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante do seu patrimônio cultural". Em 1936, quando produzia, a pedido de Gustavo Capanema, o texto do anteprojeto que criaria o então Serviço de Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), o escritor Mário de Andrade já falava da importância de se preservar as manifestações culturais. Por essa iniciativa, ele é considerado um dos precursores do tema no país. Com base no preceito constitucional, algumas manifestações não-materiais já estariam devidamente protegidas. Mas, na verdade, falta a regulamentação, para que se saiba realmente o que deve ser amparado. Em 1996, em função das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, foi criado, através de decreto, o Museu Aberto do Descobrimento, no Monte Pascoal, na Bahia, o primeiro local avistado no Brasil pelos portugueses da fragata de Pedro Álvares Cabral. O decreto assinado em 22 de abril de 1996 era ambicioso: rios, povos indígenas e paisagens fariam a composição de um espaço que abrigaria toda a costa do descobrimento, uma área de 1,2 mil quilômetros quadrados. A idéia não vingou. No dia 4 de agosto de 2000, o então presidente Fernando Henrique Cardoso assinou o decreto 3.551, instituindo a proteção legal para patrimônios não-materiais, que seriam os elementos do nosso folclore, as festas, as danças e as diversas manifestações culturais e religiosas. Pelo decreto, o bem não seria propriamente tombado, mas sim registrado em quatro livros diferentes: dos Saberes, de Celebrações, das Formas de Expressão e de Lugares.

  • A gíria que está na moda

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 05/06/2005

    Muitos jornais repetiram a frase de Fernando Henrique Cardoso: "O PT está mais bêbado do que peru na véspera de Carnaval." Eu sabia que, em nossa terra, costuma-se embebedar o peru na véspera de Natal, mas o ex-presidente, que pensa que pode tudo, mudou a época. Recebeu críticas de todo lado. Abstraindo-se o fato de ser ex-presidente, o que exige um certo recato na linguagem, FHC valeu-se de um lugar comum para exagerar no ataque ao partido adversário. Teria utilizado gíria?

  • Falta sem punição

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/05/2005

    Em artigo publicado domingo passado no O Estado de S. Paulo , o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comemorou os cinco anos de vida da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, segundo noticiário a respeito, muitos foram os faltosos e nenhum foi punido pela falta cometida contra os dispositivos dessa lei, a melhor de autoria do ex-presidente.

  • Fratura na melhor lei

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/03/2005

    Escrevi e reitero que a melhor lei posta em vigor pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi a Lei de Responsabilidade Fiscal, limitando os gastos de prefeituras de todo o país. É mais do que sabido que as prefeituras são pródigas em gastos, a maioria sem nenhum interesse público. Fartam-se os prefeitos de alimentar as contas bancárias ou o bolso dos membros de suas clientelas eleitorais ou de suas clientelas administrativas, e, exercendo o cargo com grande, com imensa mediocridade, acabam fechando o ano com excesso de despesas sobre as receitas. Pois essa lei, a melhor do ex-presidente, está, simplesmente, ferida, e gravemente.

  • O desrespeito à LRF

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/01/2005

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pôs em vigor a Lei de Responsabilidade Fiscal com o único objetivo moralizador de disciplinar os gastos dos prefeitos, em geral, de capitais e do interior. Quem acompanha, como somos obrigados por dever de ofício, constata que os titulares das prefeituras, em geral, gastam desproporcionalmente, infringindo dispositivos da LRF, para se elegerem ou reelegerem, enfim, para estarem no lugar que lhes permite vida fácil e boa mesa com dinheiros públicos.

  • Variações sobre competência

    O Estado de S. Paulo (São Paulo), em 15/01/2005

    Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso acusam-se, reciprocamente, de "incompetência", fundamentando sua assertiva com a invocação de medidas falhas ou contraditórias. A bem ver, ambos podem ter razão, pois a administração pública é um acervo complexo de atos e providências, que somente pode ser apreciado em conjunto.A esta altura do mandato de Lula, não creio que se lhe possa negar competência, tendo razão o prezado amigo e confrade Antonio Ermírio de Moraes quando reconhece que ele representou uma "saudável surpresa", ao ter a coragem de abandonar algumas idéias econômico-financeiras, pleiteadas pelo PT na linha de um reformismo populista, para uma série de felizes decisões exigidas pelo desenvolvimento sustentado.