
Ilhas de excelência
Para o Almirante Carlos Gamboa, que falou no Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, “as escolas militares do Brasil são verdadeiras ilhas de excelência.”
Para o Almirante Carlos Gamboa, que falou no Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, “as escolas militares do Brasil são verdadeiras ilhas de excelência.”
A ideia de retirar da Operação Lava-Jato o coordenador dos procuradores de Curitiba Deltan Dallagnol, abortada até o momento, surgiu logo na manhã de quinta-feira, quando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, atual presidente, e Gilmar Mendes leram novos diálogos atribuídos aos procuradores.
O presidente Bolsonaro, que está ganhando medalha de ouro no campeonato mundial de tiro no pé, deu ontem mais dois, em temas de grande sensibilidade internacional.
A Operação Lava-Jato deu ontem uma dupla demonstração de força, depois de acuada nos últimos dias pela publicação de diálogos atribuídos ao então juiz Sérgio Moro e o coordenador dos procuradores de Curitiba Deltan Dallagnol.
Ter um presidente sem superego, sem limites e controles, não é fácil. É um teste para nossa democracia, que tem que impor os limites. Nem se fale na insensibilidade, na falta de respeito com os mortos de um período negro de nossa história.
O que dizer dos que se divertem disseminando fake news da “morte” de celebridades? Já mataram virtualmente Fernanda Montenegro, Reynaldo Gianecchini, Renato Aragão, Gretchen, entre outros. A mais recente vítima dessa maldade foi Ziraldo.
Para variar, a semana foi de polêmicas para Bolsonaro, que, entre outras coisas, comentou que o jornalista Glenn Greenwald podia “pegar uma cana aqui mesmo”.
Nos últimos dias tivemos várias demonstrações do governo brasileiro de que não mede esforços para ter o apoio dos Estados Unidos.
Houve, no mundo inteiro, comemorações pelo primeiro cinquentenário da descida do homem na Lua. A descida da Apollo 11 aconteceu em julho de 1969 e a televisão comemorou condignamente o fato.
A investigação sobre os hackeamentos dos celulares de centenas de autoridades brasileiras parece estar chegando a uma solução, embora a Polícia Federal não creia que Walter Delgatti Neto tenha entregue o material resultante da invasão ao site Intercept Brasil apenas por “amor à causa”, pois não tem nenhuma, aparentemente.
Da mesma maneira que o ministro Sérgio Moro e o coordenador dos procuradores de Curitiba Deltan Dallagnol se recusam a dar credibilidade aos diálogos que vêm sendo divulgados pelo Intercept Brasil, os controladores do site também se negam a confirmar que sejam os hackers presos a fonte original do material publicado.
Com a confissão e provável delação premiada de Walter Delgatti Neto, líder dos presos na Operação Spoofing, resta saber quem está por trás do hackeamento de mais de mil autoridades dos três poderes, pessoas ligadas a elas, e jornalistas.
O presidente Jair Bolsonaro vai levar muito tempo para se livrar do “lapsus linguae” que cometeu chamando os nordestinos de “paraíbas”, numa conversa com microfone aberto sem que soubesse.
Dizem que político mente por dever de ofício. Mas há os que abusam. O site Intercept garante que Bolsonaro, por exemplo, mentiu publicamente 200 vezes desde que tomou posse, isto é, mais de uma mentira a cada 24 horas.
A última semana foi especialmente crítica para o presidente Bolsonaro, que falou muito, geralmente em situações improvisadas, o que dificulta seu desempenho, que já não é dos melhores na oratória.